O Pronaf Digital já beneficiou 62 indígenas, totalizando o investimento de R$ 155 mil, desde que foi implantado em Roraima, em julho de 2020. Cada indígena recebeu o valor de 2,5 mil para investimento em projetos agrícolas.
Conforme o chefe da Divisão de Crédito Rural da Seapa, José Roberto da Silva Neto, o Pronaf Digital é uma linha de crédito do Basa (Banco da Amazônia S/A) que, em Roraima, é realizado com o apoio do Governo do Estado, por meio da Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
“O Banco da Amazônia criou uma plataforma digital para facilitar o acesso, a elaboração dos projetos, ficando mais direcionados para as comunidades indígenas por ser um investimento de R$ 2,5 mil para alcançar pequenas produções agrícolas indígenas ou criações”, explicou.
A elaboração de projetos do Pronaf Digital em Roraima começou pelo município de Bonfim no início de julho de 2020 e, em seguida, alcançou a comunidade Wai-Wai, no sul do Estado. “Devido à pandemia da COVID-19, ficamos parados até julho, sem ter acesso às comunidades. Depois de Bonfim, fomos para a comunidade Wai-Wai em São João da Baliza, no sul do Estado. Além dos Wai-Wai, atendemos a mais quatro comunidades”, detalhou.
Ao todo, somente no município de Baliza, foram atendidos 29 produtores. Depois, os técnicos da Seapa partiram para a região norte, onde foram atendidas três comunidades em Pacaraima (Boca da Mata, Santa Rosa e Bananal) e uma em Alto Alegre (comunidade Raimundão).
“O Pronaf Digital é uma linha de crédito que facilita o acesso do indígena porque não exige documentação, somente a Declaração de Aptidão, documento que é emitido pelo Governo de Roraima, por meio dos técnicos da Seapa. Com a estrutura que temos hoje, a meta este ano é atingir muito mais comunidades indígenas”, enfatizou José Roberto.
Elaboração de propostas é totalmente digitalizado
De acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Emerson Baú, o Estado de Roraima foi pioneiro na Amazônia com a implantação do Pronaf Digital. Baú destacou que, como o próprio nome já diz, trata-se de um sistema automático, com processo totalmente digitalizado.
“O atendimento ao produtor é todo realizado pelo aplicativo. A proposta é encaminhada pelos nossos técnicos para análise da agência, sem a necessidade de presença física. O produtor só precisa comparecer presencialmente na agência para a fase de assinatura da proposta”, detalhou.
Baú disse que Roraima já está no terceiro grupo de trabalho do Pronaf Digital. “O primeiro grupo foi composto por indígenas extrativistas de castanha da comunidade Wai-Wai, no sul do Estado. Agora, já estamos trabalhando um terceiro grupo em Bonfim e outro em Uiramutã, além de mais dois em Bonfim e Normandia, que já estão se organizando”, pontuou.
Para Emerson Baú, o Pronaf Digital é um programa interessante de se trabalhar, especialmente no fortalecimento desses pequenos produtores ou extrativistas.
Wirismar Ramos