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Pesquisa mapeia efeitos da Covid-19 no efetivo da PMRR

Com o avanço da pandemia no Estado, que registrou seu primeiro caso no mês de março de 2020, os profissionais de segurança também foram atingidos. – Fotos: DCS/PMRR

O ano de 2020 foi sem dúvidas um ano atípico. A pandemia desencadeada pelo Coronavírus (Covid-19) atingiu a todos de alguma forma, sendo pela restrição de circulação de pessoas ou pelas perdas pessoais.

Autoridades em saúde pública, profissionais de saúde e os de segurança se viram agora denominados como “profissionais da linha de frente”. Diante dessa nova realidade, novos protocolos de atuação precisaram ser adotados pelas polícias, que atuam em contato direto com a população e são expostos ao contágio.

Em Roraima não foi diferente. A Polícia Militar adotou protocolos de segurança para evitar o contágio e proliferação do vírus causador da Covid-19. O álcool em gel passou a compor o material de serviço, máscaras foram distribuídas e orientações sobre segurança biológica foram disponibilizados aos militares, assim como a criação do Gabinete de Gerenciamento de Crises- GAC para atender exclusivamente aos militares que fossem acometidos pela doença.

Com o avanço da pandemia no Estado, que registrou seu primeiro caso no mês de março de 2020, os profissionais de segurança também foram atingidos. O primeiro caso confirmado na Corporação foi registrado em 16 de março. Desde então, a doença progrediu de forma desordenada dentro da Instituição e em 30 de julho ocorreu o primeiro óbito de policial militar vitimado pela Covid-19.

Os alunos Curso de Formação de Oficiais da PMRR, também foram afetados por esta nova realidade, e em cumprimento a uma das disciplinas do curso, resolveram realizar uma pesquisa junto a Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Gabinete de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar de Roraima para identificar o quantitativo de policiais acometidos e as dificuldades encontradas para o desenvolvimento do policiamento em tal contexto.

O cadete João Paulo Dantas, um dos autores do artigo explica que a pesquisa surgiu como forma de avaliação da disciplina Estatística aplicada, componente curricular do Curso de Formação de Oficiais.

Dantas detalhou como foi realizado o levantamento de dados. “Nós buscamos os dados pertinentes à Polícia Militar junto aos órgãos competentes de combate à Covid-19, a partir daí contamos com o apoio do Departamento de Estatística da Corporação”, disse.

Ainda segundo o autor, o estudo auxiliará na distribuição do efetivo diante desta nova realidade, com dados oficiais e como subsídio para reforçar os cuidados profiláticos individuais e coletivos dos componentes da PMRR.

Segundo a pesquisa, realizada entre agosto e setembro de 2020, dos 2.609 policiais militares em atividade no mês de agosto do ano passado, 787 foram afastados acometidos pela Covid-19. O estudo ainda detalha os percentuais de militares doentes por sexo e unidade de atuação.

Um dos coordenadores de Ensino Policial da PMRR, capitão Josué Andrade ressalta a importância do trabalho de cunho científico na formação dos futuros oficiais. “Com isso, é possível buscar a visão sistêmica aos problemas que afetem o nosso bem maior, que são os policiais militares que estão na atividade fim e atividade meio. Essa calamidade tem atingido todas as instituições, setores e atividades e essa pesquisa vai servir de subsídio para os comandantes tomarem suas decisões. Nossa Polícia tem se tornado cada dia mais científica, fugindo do amadorismo e isso trará benefícios para a Corporação e refletirá em uma melhor prestação de serviços à sociedade”, enfatizou.

O artigo foi publicado pela Editora e-Publicar que realiza a editoração e publicação de livros digitais (ebooks) em diversas áreas e está disponível no endereço eletrônico www.editorapublicar.com.br.

Deisy Lamazon

 

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