Bullying no ambiente escolar: ALE-RR aprova projeto que obriga escolas a comunicarem casos à polícia e ao Conselho Tutelar

Deputados destacam importância da medida e sugeriram ações de conscientização nas escolas. – Fotos: SupCom/ALE-RR

Em sessão desta terça-feira, 2, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou o Projeto de Lei (PL) nº 127/2024, que determina que as instituições de ensino comuniquem imediatamente à autoridade policial e ao Conselho Tutelar a ocorrência de episódios de bullying contra alunos. O texto é de autoria da deputada Angela Águida Portella (Progressistas) e foi aprovado com 13 votos favoráveis.

Conforme a matéria, a comunicação deverá ser feita por meio de boletim de ocorrência na Polícia Civil e notificação ao Conselho Tutelar, podendo também ser enviada por e-mail. O PL ainda prevê que tal comunicação deve ocorrer nos casos em que o bullying for praticado em ambiente digital.

Deputada Angela Águida Portella destaca que bullying causa problemas de saúde mental e evasão escolar.

A deputada Angela Águida Portella defendeu a matéria em plenário e ressaltou a necessidade de mecanismos legais eficazes para enfrentar o problema.

“Essa intimidação sistêmica [bullying], feita nas escolas, tem que ser coibida e reprimida. Quando acontecer, a gente tem que ter ferramentas legais e eficazes para que não volte a acontecer. Essa prática, muitas vezes, tem causado problemas de saúde mental nos alunos. Muitas crianças e adolescentes apresentam dificuldade de aprendizagem, evasão escolar e até resistência em frequentar as aulas por conta do bullying”, justificou a parlamentar.

Parlamentar Marcos Jorge elogia iniciativa, mas sugere campanhas de conscientização para evitar excessos.

O deputado Marcos Jorge (Republicanos) parabenizou a iniciativa, mas chamou atenção para cuidados na aplicação da lei, com o intuito de que não haja excessos.

“Deparei-me esta semana com a situação de uma mãe que denunciou todos os colegas de um grupo de WhatsApp por conta de um episódio de bullying, inclusive aqueles que não haviam cometido nenhuma infração. O projeto é importante para tratar de temas gravosos, que devem ser comunicados às autoridades, mas não pode servir de instrumento para denuncismos de qualquer picuinha escolar”, argumentou.

Com a aprovação, o Projeto de Lei segue agora para análise governamental e poderá ser sancionado ou vetado pelo Executivo.

Anderson Caldas

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