Violência contra a mulher: PCRR apresenta balanço da Operação Resguardo II

Denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas, anonimamente, por meio do Disque 180 e Disque 100.  – Fotos: Ascom/PCRR

A PCRR (Polícia Civil de Roraima) deflagrou nas primeiras horas desta terça-feira, 8, uma operação para cumprir mandados de prisão, tendo como alvo homens acusados de violência contra a mulher. A ação faz parte do encerramento da Operação Resguardo II, lançado no dia 7 de fevereiro pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), sob coordenação da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) e conta com o apoio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), envolvendo as Polícias Civis de todo país.

A operação Resguardo II foi coordenada em Roraima pela DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A delegada da DEAM, Jaira Farias, acompanhou a operação hoje, quando foram cumpridos 02 mandados de prisão.

Resultado efetivo

Em um mês de trabalho, a Polícia Civil instaurou 82 IPs (Inquéritos Policiais) por portaria, cumpriu oito mandados de prisão, concluiu 190 inquéritos policiais, expediu 108 Medidas Protetivas de Urgências e lavrou 26 APF (Auto de Prisão em Flagrante) de pessoas que cometeram violência contra a mulher.

Para a delegada, o resultado do trabalho policial foi produtivo e demonstra o compromisso do Governo Federal no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.

“Na atualidade não é aceitável a violência doméstica e familiar contra a mulher. Temos vários canais de denúncias e qualquer pessoa pode denunciar, como por exemplo pelo 180. Temos hoje a Casa da Mulher Brasileira, a própria Delegacia e outros órgãos que fazem parte da rede de proteção da mulher em que se pode buscar ajuda”, disse.

Para Jaira Farias, as mulheres têm aproveitado os mecanismos de proteção à mulher e denunciado mais a violência sofrida.

“Aqui na Casa da Mulher Brasileira temos toda uma gama de serviços para atender às mulheres vítimas de violência, tanto com apoio jurídico, social, psicológico, quanto com ações mais repressivas realizadas pela DEAM. As mulheres têm denunciado mais, têm procurado ajuda e as Medidas protetivas têm surtido efeito e, alia-se a isso, todo um conjunto de leis que vêm surgindo, como o caso do descumprimento de medidas e que têm contribuído para a proteção da mulher”, disse.

Orientação

Para a delegada, a principal orientação que repassa é para que as mulheres não tenham medo de denunciar a violência.

“O que eu digo é: denunciem! Não tenham medo. Porque muitas vezes as mulheres têm carências afetiva, financeira e as mais diversas dependências e se prendem a isso. Mas, se a mulher não der o primeiro passo para quebrar esse ciclo de violência, ela nunca vai acabar. É que a violência é gradativa. Começa com uma ameaça, com vias de fato, até culminar com a morte. Portanto, não tenham medo, denunciem”, disse.

Para o delegado Geral, Eduardo Wayner, o Governo de Roraima está alinhado às políticas de trabalho do Ministério da Justiça e Segurança Pública, contando com a participação da Polícia Civil para cumprir a metas determinadas.

“O Governo de Roraima, por meio da Polícia Civil, participa da Operação Resguardo II, que ocorre simultaneamente em todo o País. A ação foi produtiva em Roraima e, em um mês, a Polícia Civil envidou esforços para cumprir as metas, dando assim uma resposta à sociedade”, disse.

Disque Denúncia

Denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas, anonimamente, por meio do Disque 180 e Disque 100. Qualquer pessoa pode acionar o serviço, que funciona diariamente, 24 horas, incluindo sábados, domingos e feriados. O serviço cadastra e encaminha os casos aos órgãos competentes.

Sandra Lima

 

 

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