O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) reuniu mais de 1,5 mil profissionais da Educação de todo o estado na Praça do Centro Cívico durante a paralisação que iniciou às 8h e se estendeu até as 16h30 desta quarta-feira, 9.
A data marca uma manifestação nacional. Em Roraima, entre as principais reivindicações estão a reposição salarial, progressões horizontais e verticais, bem como progressões para profissionais aposentados.
A diretora do Sindicato, Josefa Matos, afirmou que foi uma decepção receber reajuste de 11% do governo. Isto porque a categoria estava sem aumento há sete anos e teve o poder de compra corroído pela inflação.
Com a pressão, o Sinter garantiu uma reunião com o governador Antonio Denarium. Antes, o Sindicato teve três ofícios com pedidos de reunião ignorados pelo gestor.
Uma comissão da entidade deve se reunir com o governador às 9h da próxima segunda-feira (14), conforme informou o Palácio à Josefa Matos.
“Nós não estamos exigindo que o governo pague a diferença total. Estamos pedindo que o governo negocie com a gente a perda salarial que os servidores da Educação tiveram”, pontuou a diretora-geral.
“Nós estamos cobrando uma reposição salarial justa, a categoria acredita que o governador é capaz de dar uma reposição salarial diferenciada para os trabalhadores em Educação. Uma vez que nós temos o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)”, disse Valdemar Júnior, diretor do departamento de professores estaduais.
Os técnicos da Educação reivindicam, ainda, um Plano de Cargos e Carreira (PCCR) que contemple toda a categoria.
Leonilde Lima, a diretora dos técnicos educacionais do estado, explicou que um PCCR chegou a ser construído em conjunto com a Secretaria de Educação e Desportos (Seed) e a Secretaria de Gestão Estratégica e Administração (Segad). No entanto, o documento enviado pelo governador à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) era diferente e excluía seis categorias.
“É uma plano que não abrangeu todas as categorias que, de fato, hoje trabalham dentro da Educação. Ou seja, que são os auxiliares e assistentes administrativos, os motoristas, o almoxarife e o artístico. Essas categorias todas ficaram de fora”, disse Leonilde.
Além disso, a categoria entrou em consenso para realizar uma reunião com indicativo de greve na segunda-feira (14) às 17h, após a reunião com o governador.