Dois mandados de prisão contra indígenas foram cumpridos pela PCRR (Polícia Civil de Roraima) por meio dos agentes da SIOP (Seção de Investigação e Operação) da Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual) e do Dopes (Departamento de Operações Especiais), inseridos na Operação Hórus/Vigia. A ação aconteceu nesta terça-feira, 5, na Comunidade Indígena Moscou, município de Bonfim. Os dois são acusados de estupro de vulnerável contra as enteadas.
De acordo com informações prestadas pelo diretor do DOPES, delegado Maurício Nentwig, as negociações para que os policiais tivessem autorização para entrar na área indígena e cumprir as decisões judiciais foram realizadas com uma liderança indígena da comunidade, e duraram cerca de duas horas até que as prisões fossem realizadas com êxito.
Foram presos um indígena de 55 anos e outro de 46 anos, ambos processados pela Justiça por crime de estupro de vulnerável.
Contra o indígena de 55 anos, havia um mandado de prisão preventiva desde fevereiro deste ano. Ele é acusado de, no ano de 2017, ter violentado sexualmente a enteada, portadora de paralisia cerebral, que chegou a engravidar dele. A vítima chegou a ter o bebê, que morreu um tempo depois ao nascimento. O homem foi denunciado pelo Ministério Público Estadual pelo crime. Ele teve sua prisão preventiva decretada para a garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal.
Já o segundo preso de 46 anos, ele foi sentenciado à pena de 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, por crime de estupro de vulnerável contra a enteada. A violência contra a vítima teve início no ano de 2011, quando ela tinha apenas nove anos de idade e perdurou até o ano de 2013, quando contou para sua mãe a violência que vinha sofrendo e, as ameaças do padrasto. A mãe da menina procurou a Polícia e o denunciou.
Os dois foram recambiados à Boa Vista, levados à sede da Polinter, onde tiveram suas prisões formalizadas e apresentados na Custódia da Polícia Civil.