O Posto de Classificação de Grãos do Governo do Estado, sob responsabilidade da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária) está preparado para prestar serviços aos produtores de arroz, feijão, milho e soja. O trabalho é feito com profissionais capacitados e equipamentos novos aferidos e calibrados, visando a qualidade dos produtos a serem consumidos pela sociedade roraimense.
Balança, paquímetro, determinador de umidade, entre outros equipamentos foram substituídos por máquinas novas. Recentemente, os profissionais que trabalham com a classificação de grãos passaram por curso de atualização, que é um treinamento necessário para a prestação do serviço, constantemente auditado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A classificação tem como objetivo padronizar os grãos de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Mapa, evitando que cheguem às gôndolas dos supermercados produtos inadequados ao consumo humano. Esse serviço segue normas de segurança alimentar para ofertar produtos seguros aos consumidores, além de assegurar aos produtores rurais produtos de qualidade para a comercialização.
No Posto de Classificação são determinadas as particularidades de cada grão como: apresentação, identidade, embalagem, qualidade, além das medidas que vão determinar a qualidade e o tipo do produto. A tecnologia, neste caso, é basicamente visual. O método utilizado para classificar grãos utiliza equipamentos simples e manuais, como peneiras, pinças, estiletes, alicates e o principal, que é a observação.
Processo de classificação
Conforme a gerente de classificação e inspeção da Diretoria de Defesa Vegetal da Aderr, Ana Lúcia, as beneficiadoras e embaladoras de grãos levam amostras de 20 quilos, representando um lote do produto, ao posto de classificação, que fica no prédio da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação)
O documento de solicitação de classificação é apresentado aos classificadores, que fazem uma análise preliminar da amostra para detectar a presença de insetos vivos ou outra característica desclassificante. Se isso acontecer, a amostra é devolvida para receber o tratamento necessário e ser rebeneficiada, sendo uma nova prova apresentada.
Como o posto vem trabalhando com grãos para o consumo humano, as amostras analisadas são somente de arroz (integral, beneficiado, em casca e fragmentado) que podem ser enquadradas por tipos de 1 a 5, ou fora de tipo, de acordo com os defeitos apresentados (mofados, ardidos, picados ou manchados, gessados e verdes, rajados, amarelos e quebrados).
A importância da classificação
O investimento alto na lavoura pelo produtor rural, em busca de obter máxima produtividade, tem a classificação dos grãos como teste final da qualidade do seu produto, assegurando a comercialização e, consequentemente, o retorno financeiro.
“O laudo técnico do Posto de Classificação é a garantia de que o produtor pode colocar no mercado sua produção para um consumo seguro e quanto melhor for o produto dentro da especificação dos tipos, mais valor agregado e maior rendimento terá”, destacou Marcelo Parisi, presidente da Aderr.
O Posto de Classificação de Grãos funciona no prédio da Seadi. Atualmente, trabalha como classificadores um engenheiro agrônomo e um técnico em agropecuária. O horário de funcionamento é das 7h30 às 13h30, de segunda a sexta-feira. O telefone para contato é o 3623-2978.
Além de arroz, o posto classifica milho, soja e feijão. A classificação pode ser feita também para compra e venda do poder público, casos em que a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) precise da análise. A importação desses produtos também requer os serviços de classificação para liberar a comercialização.
Elias Venâncio