Discutir temas relacionados ao abuso e exploração sexual infantil nas escolas é o primeiro passo para diminuir o número de casos de vítimas desses crimes. Diante disso, em alusão ao 18 de maio, dia nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, a Divisão de Proteção das Varas da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), iniciou um cronograma de palestras para sensibilizar crianças, adolescentes, professores e gestores a respeito do tema.
O trabalho iniciou no dia 3, na Escola Olavo Brasil Filho, e segue até dia 31 de maio, com visitas em demais escolas estaduais e municipais. Segundo a chefe da Divisão de Proteção das Varas da Infância e Juventude do TJRR, Aline Sander, a ação busca sensibilizar as crianças, e todo corpo docente das unidades de educação, sobre o tema, incentivando-as a fazer denúncias caso saibam de algum incidente ou passem por situações do tipo.
“Vamos conversando com professores e gestores, orientando, sensibilizando e mostrando os canais de denúncia. Isso possibilita o encorajamento, fazendo com que eles percam o medo de denunciar”.
Além das palestras, a Divisão está entregando cartilhas para os adolescentes contendo informações sobre o que é violência, abuso e exploração sexual, como estabelecer diálogos, quais os telefones para denúncias e por que 18 de maio é o dia nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes.
O gestor da escola Olavo Brasil Filho, José Silvano de Pinho, comenta que as palestras agregam informação e conhecimento, sensibilizando os adolescentes sobre assuntos importantes para evitar a exploração sexual.
“Primeiro vou dar parabéns ao Tribunal de Justiça para trabalhar na escola, com a comunidade. A palestra foi importante, trouxe conhecimento e informação, isso é essencial para a conscientização das crianças e jovens sobre a exploração sexual, para buscar caminhos e erradicar o problema”.
Hellen Mariany Gomes é aluna do oitavo ano. Ela explica que a palestra encoraja crianças e adolescentes que vivenciam a situação ou conhecem alguém que passou a denunciar.
“Isso é importante para a gente poder passar conhecimento às pessoas que não tem as mesmas oportunidades de ensino como a gente. Para todo mundo saber como esse assunto é importante”.
Cronograma
Ainda esta semana as palestras serão realizadas: na Escola Municipal Maria Gertrudes Mota Lima, na Escola Estadual São José e na Escola Municipal Pequeno Príncipe, durante os períodos da manhã e da tarde, com alunos do ensino fundamental e médio.