Centro de Convivência: Aulas de bateria estimulam criatividade e interação social

Uma das metodologias utilizadas é ‘treinar’ cérebro dos alunos estimulando-os para despertar da musicalidade. – Fotos: Marley Lima

Coordenação motora, criatividade e a melhora da capacidade de concentração, já que o corpo todo trabalha em sintonia, são alguns dos benefícios que as pessoas podem desenvolver quando praticam aulas de bateria. O Centro de Convivência da Juventude da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) tem vagas disponíveis para crianças e adolescentes.

Os interessados devem procurar a Superintendência de Programas Especiais, localizada na avenida Ataíde Teive, 3.510, bairro Buritis, levando documentos pessoais e comprovante de residência. No caso de estudante e menor de idade, o responsável deve apresentar também uma declaração escolar.

O professor Júnior Almeida, responsável pelas aulas, disse que não existe uma idade certa para aprender a tocar o instrumento. Ele, por exemplo, começou aos 13 anos, numa igreja. “Comecei como a maioria. Eu era um garoto no meio de grandes músicos que tocavam violão, contrabaixo, teclado, e aprendi com eles, principalmente a musicalidade”, contou.

Para o professor, o aprendizado está relacionado com o ritmo. Ele conta que nas suas aulas utiliza técnicas que ajudam a despertar a musicalidade. “Trabalho com um método que busca desenvolver o cérebro do aluno. Nas primeiras aulas, faço ele cantar e bater palmas. Sem perceber, ele está cantando uma melodia e marcando um ritmo”, explicou.

Segundo Almeida, ainda que o aluno não prossiga na carreira, as aulas funcionam como “semente de cidadania”, desenvolvendo habilidades sociais e a interação com as pessoas, além de fortalecer a aprendizagem e a disciplina. “Por mais que não siga como músico, ele vai desenvolver a cidadania e aguçar a inteligência”, disse.

O estudante João Batista tem apenas 8 anos, mas sabe o que quer. “Adoro rock e sempre quis tocar bateria. Eu tinha uma de brinquedo, quando era pequeno, mas agora estou tocando numa de verdade”.

Tocar o instrumento pela primeira vez, segundo ele, foi uma sensação bacana, e a didática do professor o agradou. O garoto tem metas para o futuro. “Eu quero fazer músicas e criar uma banda de rock, que é o meu sonho”, afirmou.

Marilena Freitas

 

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