Apesar do nome, o trabalho da Patrulha da Chuva ocorre diariamente na capital, faça chuva ou sol. Quando chega o período chuvoso, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente (SPMA) intensifica a atuação de limpeza, a fim de minimizar os transtornos aos munícipes, porém a ajuda da população é imprescindível para o bom funcionamento da cidade.
Jogar lixo e galhadas nas ruas da cidade compromete todo processo de escoamento da água da chuva, entope bueiros e demanda mais tempo para que a água acumulada seque. Nas últimas 24h, de acordo com os pluviômetros da Defesa Civil distribuídos pela capital, choveu entre 64 e 103mm em Boa Vista, um volume de água acima do esperado.
Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 19, equipes da Patrulha da Chuva e Defesa Civil Municipal percorreram diversas ruas acompanhando a situação e atendendo aos chamados da Central 156. E neste trabalho, é imprescindível o apoio da população.
Deixar a cidade limpa é um processo que envolve muitas pessoas, as que capinam, as que varrem as ruas, as que limpam os bueiros, as que operam as máquinas, as que retiram os entulhos, lixo e galhadas e fazem a destinação final desse material. Um processo que demanda tempo e custo.
A população é parceira da gestão e precisa contribuir fazendo sua parte destinando o lixo de forma correta. Acompanhar dia e horário da coleta domiciliar e, colocar o lixo na lixeira nos dias corretos. Também, caso necessite, acionar o serviço da prefeitura de retirada de galhadas, emitindo a nota de serviço por meio do Portal do Cidadão.
“É um efeito dominó. Porque o bueiro entope, a água acumula na rua e a drenagem não acontece. Estamos há pelo menos duas horas em duas ruas para que a água escorra corretamente e desafogue a entrada das casas. Já cheguei a ver morador jogando lixo enquanto estávamos limpando. Falta consciência”, disse o fiscal de campo, Robson Coelho.
Moradora há 20 anos do Laura Moreira, Dona Vera amanheceu nesta quinta com a água invadindo sua casa. O motivo? O bueiro que fica há pouco metros da residência estava entupido. Bem próximo, foi possível ver garrafas, fraldas, copos, sacolas e pedaços de móveis. Ela contou que precisa limpar o lixo de outros constantemente.
Ao identificarem o problema, a moradora acionou a Prefeitura por meio da Central 156 para que as equipes fossem enviadas. “Quando eles chegaram eu fiquei aliviada, porque agora a água já ´tá escorrendo. É uma situação frustrante, porque eu cuido do meu lixo com todo o cuidado para evitar esse tipo de coisa, mas as pessoas não estão nem aí”, falou.
Central 156
Em situações de emergência, o cidadão deve entrar em contato com a Central 156 e repassar detalhes sobre o local, como nome da rua e pontos de referência, para que as equipes possam ir verificar a situação.
Saiba como ajudar
• Não jogue lixo nas ruas, praças e parques da cidade, pois o lixo atrai ratos e insetos transmissores de doenças como a dengue, zika, chikungunya.
• Deposite o lixo domiciliar nas lixeiras somente no dia que o caminhão da coleta for passar, pois evita que cachorros rasguem os sacos e espalhe o lixo pela rua.
• Não jogue lixo na sarjeta, pois a água precisa de um caminho para seguir até chegar às bocas de lobo e isso impediria esse percurso causando alagamento.
• Não jogue lixo nos igarapés, pois além de poluir, com a chegada das chuvas, contribui para o transbordamento, causando inundações e transmitindo doenças para a população.
• Não atire lixo pela janela dos veículos, pois eles podem entupir as bocas de lobo responsáveis por drenar as águas da chuva e causar alagamento.
• Deposite o lixo produzido dentro do carro em um saco plástico e deixe dentro de seu automóvel até chegar encontrar uma lixeira mais próxima.
• Não deposite entulho em vias públicas e em terrenos baldios. Solicite o serviço de recolhimento da prefeitura através da Central de Atendimento 156.
• Não jogue animais mortos nos bueiros, terrenos baldios ou vias públicas, o mau cheiro pode atrair animais peçonhentos e causar danos à saúde pública. No caso do bueiro ocasionar o entupimento.
Ana Gabriela Gomes