‘Olhares do Passado e do Presente da Terra Roraimense’ está em exposição na ALERR

Mostra, com imagens feitas pelos fotógrafos da Casa, iniciou nesta segunda (6) no Espaço Cultural Maria Luiza Vieira Campos, no hall de entrada do prédio, e segue até sexta-feira. – Fotos: Jader Souza/Marley Lima

O público que visitar a Assembleia Legislativa de Roraima durante esta semana vai poder conferir a mostra fotográfica “Olhares do Passado e do Presente da Terra Roraimense”, em alusão aos 50 anos de instituição do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. A exposição conta com imagens feitas por fotógrafos do Poder Legislativo.

As belas paisagens em contraste com imagens de degradação do meio ambiente, expostas no Espaço Cultural Maria Luiza Vieira Campos, chamaram a atenção do autônomo Aldeir Delfino Queiroz.

“A pessoa que não sabe lidar com a natureza, automaticamente está prejudicando a si mesma. Essa exposição é muito interessante, porque está conscientizando as pessoas, mostrando a importância de conservar o meio ambiente”, disse.

De acordo com a gerente de Relações Institucionais da Assembleia Legislativa, Gabriela Vital, a mostra é uma forma de celebrar a data e mostrar para o cidadão que, para mantermos um meio ambiente com belas cachoeiras, lagos e campos naturais, é preciso preservar e adotar hábitos como o descarte correto do lixo, por exemplo.

“Sabemos que o legado deixado pelo homem pode impactar positiva ou negativamente o nosso futuro. E nada melhor do que mostrar essa realidade por meio de imagens produzidas por nossos profissionais que realizam um trabalho muito importante no dia a dia da comunicação da Casa”, afirmou.

A exposição tem imagens dos fotógrafos Abraão Borges, Alfredo Maia, Eduardo Andrade, Jader Souza, Marley Lima, Nonato Sousa, Tiago Orihuela e Taylor Nunes, além de France Telles, fotógrafa que morreu em 2017. São 27 fotografias que mesclam as belezas naturais e a degradação ambiental.

Em 2008, o fotógrafo Alfredo Maia, que tem 60 anos, dos quais 47 são dedicados à fotografia, registrou a região da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (TIRSS) por diversos ângulos, gerando, na época, a exposição no Senado Federal intitulada “Naturalmente, Raposa Serra do Sol”, que reuniu imagens fotográficas de vales, serras, campos naturais, rios e cachoeiras, belezas naturais que só existem no imaginário da maioria das pessoas.

“Registrei lugares que nem eu mesmo acreditava que existissem, se não tivesse sido eu o autor das fotografias. Nós temos todas essas savanas, cachoeiras, serras, cânions aqui em Roraima. Fico muito feliz em mostrar, através do meu trabalho, a importância de preservar toda essa nossa riqueza. Se nós não preservarmos, tudo isso vai acabar. Nós já estamos vendo isso acontecer, todos os dias, na televisão, com imagens de catástrofes ambientais em diversas regiões do nosso planeta, inclusive aqui no Brasil”, destacou Maia.

Abraão Borges, 50 anos, que atua na área há mais de 20, fala da importância em “congelar imagens” retratando o meio ambiente que ainda não sofreu o impacto negativo causado pelo ser humano.

“É interessante você perceber que numa área de reserva ainda encontra animais vivendo tranquilamente, tomando banho de sol, sem preocupação com o predador humano. Tive a felicidade de fazer o registro dessa família de capivaras na beira de um lago natural”, contou.

São mais de 30 anos de experiência entre redação e assessoria, entretanto, para Nonato Sousa, 54 anos, registrar a natureza tem uma importância única, que é a conscientização de sua preservação. Entre as três imagens escolhidas para a exposição, duas delas retratam o Rio Branco, sendo que uma mostra a poluição deixada pelo homem.

“É necessário a gente preservar a natureza. As pessoas têm que cuidar do meio ambiente, evitar jogar lixo na beira de rios e igarapés, para não poluir e obstruir a passagem das águas”, salientou.

A mostra iniciou nesta segunda-feira, 6, no Espaço Cultural Maria Luíza Vieira Campos, e ficará disponível para visitação até sexta-feira, 10, das 8h às 18h. Após o período da exibição das imagens, quem não pôde ir pessoalmente ao espaço cultural, poderá ter acesso às obras no site al.rr.leg.br.

 

 

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