Teve cheirinho de paçoca no ar na última noite do Boa Vista Junina 2022. Neste sábado, 18, milhares de famílias foram até a Praça Fábio Marques Paracat para curtir o encerramento do evento e claro, se deliciar com a ‘Maior Paçoca do Mundo’, que este ano bateu mais um recorde, atingindo 1 tonelada e 131,5 kg.
A pesagem aconteceu na hora, com o auxílio de um guindaste. A iguaria foi acomodada em um cenário que reproduz as tradicionais casas de farinha, muito comuns em comunidades indígenas e áreas rurais. Por lá um enorme tacho, com fogo artificial simulou a torragem.
Ao contrário dos anos anteriores, a ‘Maior Paçoca do Mundo’ foi distribuída em embalagens lacradas para garantir mais segurança e higiene, evitando o manuseio constante de quem vai servir. Outra novidade foi a banana, tradicional acompanhamento que este ano também foi entregue junto à iguaria.
“Guardamos para este último dia esse momento especial, de mais uma quebra de recorde da Maior Paçoca do Mundo. Para gente é uma verdadeira alegria receber as famílias boa-vistenses para se deliciar com essa iguaria, que é a cara de Roraima. Nosso Boa Vista Junina vai deixar saudades e ano que vem tem mais novidade”, disse o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique.
Quem prova, ama
Saturnino Gonçalves chegou ao BV Junina às 14h para garantir o primeiro lugar na fila. Ele afirmou que não perde um arraial. “Para mim esse momento já virou tradição. Desde 2019 estávamos de jejum dessa paçoca deliciosa. Vim todos os dias para o Arraial e a festa foi muito linda e organizada. Estão de parabéns”, falou.
Patrícia Santos também chegou cedo, às 16h. Ela compareceu junto a filha, Maria Luiza, que em 2019, última edição presencial do evento, ainda era um bebê de colo. “Sou maranhense, mas já moro em Roraima há 20 anos e não troco esse lugar por nada. Eu amo o Boa Vista Junina. Todos anos eu venho e faço questão de provar essa iguaria maravilhosa”, contou.
Produto da terra
A ‘Maior Paçoca do Mundo’ também tem grande representatividade econômica, visto que todo o recurso para a produção da iguaria foi aplicado em ingredientes provenientes da terra. Foram 22 mil bananas da Região do Passarão, além da famosa farinha d’água roraimense, que veio do P.A. Nova Amazônia.
O preparo começou na última quarta-feira (15), com o recebimento da carne. Após desossada e cortada em pedaços pequenos, ela foi levada à área do forno a lenha para a segunda fase do processo.
De um lado, ela foi dessalgada. Do outro, frita. Depois de frita a carne foi levada à forrageira, uma máquina adaptada para a tritura. Nessa fase é feita a mistura com 70% de carne e com 30% de farinha
Histórico
A tradicional paçoca entrou para a história no Boa Vista Junina 2015, atingindo aproximadamente meia tonelada. Porém, em 2019 atingiu sua maior marca. Foram servidos 1.050 kg ao público do Maior Arraial da Amazônia.
Ranking da Maior Paçoca do Mundo
2015 – 500 (aprox.)
2016 – 775 kg
2017 – 856 Kg
2018 – 1.023 Kg
2019 – 1.050 Kg
2022 – 1.131 Kg
Marcus Miranda