Governo avança com projeto de criação de peixes em comunidades indígenas

Cerca de 27 comunidades de Alto Alegre, Amajari, Pacaraima, Uiramutã, Normandia, Cantá e Boa Vista possuem tanques aptos para limpeza e calagem para receber os alevinos. – Fotos: Thiago Feitosa

O Governo do Estado está potencializando a segurança alimentar e geração de renda nas comunidades indígenas. Por meio da SEI (Secretaria do Índio), projetos estão levando peixes, ração e todo apoio técnico necessário para a produção e comercialização dentro dos polos das comunidades.

No projeto Piscicultura nas Comunidades Indígenas serão disponibilizados aproximadamente 150 mil alevinos (filhotes de peixes) e a ração para o primeiro ciclo de produção. Até que o ciclo seja finalizado, cada peixe pesará em torno de 1,5kg a 2kg, totalizando uma produtividade de quase 300 toneladas.

“O Governo tem contribuído diretamente, não apenas para a melhoria da qualidade alimentar dos povos indígenas, mas também para a sua independência econômica, com o projeto de Grãos, desenvolvido pela Secretaria do Índio em parceria com a Secretaria de Agricultura, com o plantio de milho e feijão caupi, e com o projeto de Piscicultura. Os próprios indígenas executam o plantio dos grãos e coordenam a criação dos peixes; ou seja, o Governo dá as condições e eles [indígenas] executam”, enfatizou o governador Antonio Denarium.

Os alevinos estão em processo final de aquisição e são de produção local. Enquanto isso, as equipes da Secretaria do Índio estão fazendo levantamentos diários em todos os municípios. Cerca de 27 comunidades de Alto Alegre, Amajari, Pacaraima, Uiramutã, Normandia, Cantá e Boa Vista possuem tanques aptos para limpeza e calagem para receber os alevinos.

A distribuição será feita por polos, com critério de no mínimo 10 famílias. Na primeira etapa, serão atendidas 16 comunidades que possuem os tanques de acordo com a capacidade de estocagem de alevinos e ração em quantidade para atender ao primeiro ciclo. Em seguida, 11 comunidades receberão escavação, alevinos e ração.

“Isso significa produção de proteína dentro das comunidades que complementará a alimentação e geração de renda para os indígenas. Várias iniciativas, como por exemplo a construção de tanques, criações iniciadas por eles mesmos já estão sendo trabalhadas. Todas as demandas que chegam até a Secretaria para potencializar a atividade estão sendo atendidas”, ressaltou o secretário do Índio, Marcelo Pereira.

As 107 comunidades indígenas que estão inseridas em outros projetos do Governo do Estado, como o de plantação de milho e feijão caupi, também podem receber os benefícios do projeto de Piscicultura.

Júlia Rocha

 

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