Centro de Convivência da Juventude oferta aulas de aeroboi às segundas, quartas e sextas

Além de auxiliar na perda de peso, atividade esportiva faz com que coração e pulmão trabalhem com mais intensidade. – Fotos: Eduardo Andrade

A junção de exercícios aeróbicos com as coreografias do boi-bumbá de Parintins (AM), no ritmo da toada, deu origem ao aeroboi, uma atividade esportiva que cresce no Estado e está sendo ofertada de forma gratuita pelo Centro de Convivência da Juventude, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR).

As aulas são ministradas às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h às 22h, por três professores. Os interessados devem procurar o Centro de Convivência, localizado na Avenida Ataíde Teive, 3510, bairro Buritis.

Dos professores aos alunos, todos têm uma relação com o boi-bumbá que começou na infância. As duas professoras, naturais do Nordeste e Sudeste, chegaram ao Estado em meados da década de 1990, época em que eclodiu o Festival de Boi-bumbá de Parintins e o mundo se voltava para essa cultura mística, que utiliza mitos e lendas contados pelos indígenas.

“A minha paixão pelo boi-bumbá começou aos nove anos, quando saí de São Paulo para morar em Boa Vista. Depois passei a ser dançarina de palco nos grupos folclóricos. Fiquei afastada por dez anos e há um ano e três meses eu voltei”, disse a professora Adriane Félix, de 33 anos.

A professora Evilânia Oliveira, 39 anos, nasceu no Ceará, e, aos 12 anos, quando chegou a Roraima e se deparou com a cultura amazônica do boi-bumbá, ficou encantada e nunca mais parou de dançar. Ela contou que as aulas são planejadas para que as coreografias sejam de fácil compreensão para os alunos.

“As idades dos nossos alunos são bem variadas. É de criança a adultos… Então escolhemos a coreografia e vamos ensinando o passo a passo para que todos possam acompanhar.”

Os benefícios do aeroboi são inúmeros. O coração e o pulmão trabalham com mais intensidade e, além disso, auxilia na perda de peso. Conforme ressalta Evilânia, “o corpo fica bonito, modelado”.

A professora aposentada Teresa Kátia Alves Albuquerque, 58 anos, é natural do Nordeste. Ela ama forró, mas incorporou também a cultura amazônica, e está superfeliz em poder voltar a dançar o boi-bumbá.

“Estou aqui desde o início, há quatro meses. Mas há 30 anos eu danço boi-bumbá, desde a época da faculdade, na década de 1990. O repertório do meu carro é boi-bumbá. Para mim é uma terapia, uma atividade física. O Centro de Convivência está de parabéns por resgatar o aeróbio. Estou muito feliz em saber que essa cultura está sendo resgatada”, disse Teresa.

Era a primeira aula da dona de casa Giselda de Almeida Pereira, 35 anos. Mas a intimidade dela com os passos marcados e as toadas do boi-bumbá já tem três décadas. “O boi-bumbá faz parte da minha infância e adolescência, gostava muito de dançar na escola. Estou muito ansiosa para recomeçar a dançar. Feliz por participar da atividade, pois tenho muitas lembranças da minha infância e adolescência na escola. Achei muito importante colocar essa modalidade de dança para a população”, afirmou.

A maquiadora Isa Fernanda de Almeida, 26 anos, recomenda as aulas e salienta que é para qualquer idade. “São muito boas, ajudam a deixar o condicionamento físico melhor e, para quem é mãe, o horário também é excelente”, recomendou.

Marilena Freitas

 

 

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