Esforço e concentração são dois fatores importantes na hora do aprendizado, principalmente quando essa atividade exige muito do corpo. E essa tem sido a rotina dos alunos que praticam o curso de Arte Circense no Centro de Convivência da Juventude, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR). O sonho deles é trabalhar no circo e se tornarem famosos.
Paciência e dedicação são os ingredientes que norteiam o professor de arte circense Leonildo de Assis Silva, o Léo Malabarista, que está muito satisfeito por estar repassando o conhecimento que armazenou ao longo da vida.
“Passar a minha experiência é uma grande alegria pra mim, é um incentivo para resgatar a magia do circo. Já ensinei meus filhos e netos, e agora estou transmitindo a outras crianças, adolescentes e jovens. Tudo está sendo por parte: aquecimento, acrobacia, seguido da coordenação motora para fazer o malabarismo e manter o equilíbrio”, contou.
Ele garante que até o final do curso os alunos estarão aptos para qualquer apresentação. “Vão sair prontos para se apresentar no circo, pois vamos colocá-lo em funcionamento. A Assembleia Legislativa está de parabéns com esses projetos sociais, porque dá oportunidade a todos. Estou muito feliz e realizado, e estou aqui não pelo salário, mas pelo resgate da arte circense”, afirmou.
O adolescente Pedro Vinicius de Assunção Silva, 12 anos, morador do bairro Buritis, está encantado com as aulas. “Essa experiência está sendo muito legal, pois desde pequeno queria entrar no circo. Então minha mãe me inscreveu e estou aproveitando. O professor é muito gentil, me ensinou de pouquinho em pouquinho até eu aprender. Comecei com uma bola e agora já faço com três. Quero sair daqui pronto para uma apresentação”, disse.
E de onde vem essa vontade imensa de aprender tudo sobre a arte circense? “Esse gosto é porque tenho um primo que tem um circo em outro país. O meu sonho é me apresentar no circo, fico me imaginando dando cambalhotas, fazendo malabarismo”, detalhou.
Pietra Damasceno Silva tem 6 anos e sonha em fazer parte da magia do circo. “O que eu mais gosto de fazer aqui é balé. Quero ser a bailarina do circo, fazer estrelinha”, disse.
A cozinheira Cláudia Pereira de Medeiros, mãe da aluna Labele Pereira de Medeiros, de 6 anos, moradora do bairro Equatorial, contou que as atividades que a filha pratica no Centro de Convivência têm sido fundamental para melhorar o comportamento, inclusive na escola.
“Ela sempre gostou de ir ao circo, assiste a programas voltados ao circo e em um deles tem uma aula que ensina como fazer. Então ela já fazia em casa algumas piruetas. E quando soube que iria abrir uma turma, logo a matriculei. Agora, tudo que ela aprende aqui fica treinando em casa, e ainda comenta ‘mãe, olha, eu consegui fazer sozinha’”, contou Cláudia.
Essa é a terceira atividade que Labele faz no Centro de Convivência da Juventude. “Ela faz balé, ginástica rítmica e arte circense. As aulas têm trabalhado muito a concentração dela, e na escola ela melhorou bastante, até porque, para fazer as atividades extracurriculares, tem que ter um bom desempenho na escola. Esse é o nosso acordo”, explicou.
Vagas disponíveis
Ainda há vagas disponíveis para a turma de Arte Circense. As aulas ocorrem nos horários matutino e vespertino, às quintas-feiras e sábados. O curso é destinado à faixa etária de 7 a 17 anos.
Cada aula tem a duração de uma hora. Pela manhã, será das 9h às 11h, e à tarde, das 15 às 18h. Para se matricular, os interessados devem procurar o Centro de Convivência, localizado na Avenida Ataíde Teive, 1.370, bairro Buritis.
Marilena Freitas
