Roraima é um Estado com grande potencial de desenvolvimento da agricultura e, atualmente, as áreas de plantio estão concentradas nos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Iracema e Mucajaí.
Para que a produção aumente e as vendas de grãos cresçam, o Governo de Roraima vem realizando ações de fomento e políticas públicas voltadas à agricultura.
Entre estes incentivos, estão a regularização fundiária, com título definitivo da terra expedido pelo Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima) e a regularização ambiental, onde se tem a agilidade na emissão de documentos e o incentivo fiscal, através da Lei n°215/1998.
Além disso, o Executivo Estadual também vem promovendo a pavimentação de estradas, mostrando preocupação com o escoamento de produção e fluxo de insumos para pequeno, médio e grande produtor.
A segurança da produção, por meio do aumento contínuo das áreas plantadas também é uma das ações realizadas pelo governo, permitindo a vinda de grandes empresas do setor de indústrias de óleo.
O presidente do Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), Marlon Buss, ressalta que o Governo de Roraima está atento ao que está sendo produzido nos polos de agricultura familiar, em especial a soja.
“Temos uma área considerável em projetos de assentamentos onde o Estado e o Iater buscam atender, através das políticas públicas e tecnologias voltadas para o campo. Logo temos grande interesse em incentivar ainda mais a inclusão de soja nessas áreas”, pontuou Buss.
O presidente do órgão frisou que o cenário do Estado em relação à produção é positivo e que, por conta disso, o incentivo para que potenciais produtores da agricultura familiar cultivem grãos em Roraima segue aumentando.
“Pensando em aproveitar a lucratividade que esta cultura traz e o uso de políticas agrícolas voltadas ao cultivo da soja, o agricultor familiar bem assistido terá grande sucesso”, complementou.
A agrônoma Eduarda Franco, que integra a equipe de Comunicação Técnica do Iater, explica que, da parte do órgão, é realizado o trabalho de amparo técnico aos polos de produção.
“Isso tudo é um conjunto de ações que promove um ambiente adequado, de qualidade, para o desenvolvimento dessa commodity no estado, além de outras commodities e outras culturas”, ressaltou a agrônoma sobre as ações desenvolvidas pelo governo.
Projeto de Grãos
Uma das principais frentes de trabalho do Iater, o Projeto de Grãos, presta amparo técnico ao produtor de vários municípios, na agricultura familiar e indígena. Por conta disso, o órgão prevê que, em todo o Estado, ocorra a colheita de 1.500 hectares de cultivo de milho, com estimativa de 120 sacas por hectare.
Junto com o Iater, no fim de maio, produtores de Iracema deram início ao plantio de 120 hectares de milho na região, com a etapa de colocação de sementes. Anteriormente, o instituto trabalhava no monitoramento das propriedades, bem como no amparo à preparação da terra com os insumos.
Com o sucesso do Projeto de Grãos, a ideia é que os agricultores familiares de todo o Estado tenham condições de fazer novos investimentos, como a implantação de lavouras irrigadas.
Secretaria do Índio
Como maneira de desenvolver a produção agrícola e garantir a segurança alimentar nas comunidades indígenas, o Governo de Roraima, por meio da Sei (Secretaria do Índio), desenvolve desde 2020 o Projeto de Grãos voltados a esses povos.
Durante seu primeiro ano, a pasta desenvolveu as primeiras tratativas juntos aos povos indígenas. Em 2021, os primeiros resultados apareceram: cerca de 800 hectares de cultivo de grãos foram introduzidos em 52 polos de produção. Foram colhidas 16 mil sacas de milho e 272 de feijão caupi.
Em 2022, a previsão é de colheita de 1.500 hectares de feijão caupi e milho, o que deve beneficiar 1.418 famílias em 118 polos de produção.
A iniciativa se divide em várias etapas em suas frentes de serviço, como o preparo de área, plantio e primeira e segunda adubação de cobertura.
Ayan Ariel