O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) promoveu dois workshops sobre comunicação para crianças e adolescentes do município de Uiramutã, o município mais setentrional do país. A ação foi realizada nos dias 13 e 14 de setembro, por meio da Escola do Poder Judiciário de Roraima (Ejurr), e abordou os temas “Comunicação e Mídia: o cotidiano do repórter e a experiência da imprensa no Poder Judiciário” e “Comunicação não violenta: Por uma Escola Restaurativa”.
O cronograma de palestras ocorreu nas seguintes instituições: Escola Estadual Joaquim Nabuco e Escola Estadual Indígena Padre José Allamano, localizada na comunidade Maturuca. A iniciativa está alinhada ao Plano de Gestão 2021/2023 do Poder Judiciário de Roraima, que visa aproximar a justiça da sociedade por meio de ações de responsabilidade social, além de integrar a Instituição por meio de processos internos sustentáveis e automatizados.
Segundo a palestrante e chefe do Escritório de Jornalismo do Núcleo de Relações Institucionais (Nucri/TJRR), Tarsira Rodrigues, a ideia foi apresentar aos estudantes os princípios básicos da comunicação e atuação do comunicador dentro do Poder Judiciário. “A intenção é que ao final da ação educativa os participantes estejam aptos a estabelecer uma ponte de comunicação com a população, tendo como base o trabalho desenvolvido pelos jornalistas dentro e fora do Poder Judiciário”, destacou.
A instrutora das aulas sobre Comunicação não violenta: Por uma Escola Restaurativa, psicóloga Marcelle Wottrich, explica que a experiência foi transformadora. “Pude observar como os alunos da região estão empenhados com a educação. Falar sobre comunicação não violenta em comunidades que já trabalham com processos circulares, que tem por habito fazerem as suas reuniões visando a participação democrática da comunidade, é fantástico”, concluiu.
Na oportunidade, os estudantes puderam aprender sobre os princípios e objetivos da comunicação social, conhecer a dinâmica das estações midiáticas e a função do jornalista no Poder Judiciário, diferenciar fato de fake e realizar oficinas de entrevistas jornalísticas. Realizaram ainda dinâmicas sobre círculos restaurativos, uma conversa sobre o Setembro Amarelo e o fortalecimento da Escola Restaurativa, com debates sobre a comunicação não violenta.
A diretora da Escola Joaquim Nabuco, Adelir Cavalcante, disse que os alunos ficaram entusiasmados por entrarem no mundo do jornalismo. “A ação veio contribuir e com isso fazer com que eles se preparem cada vez mais por meio dos conhecimentos repassados durante os dias de palestras”, pontuou.
Já a coordenadora pedagógica da Escola José Allamano pontuou que o workshop veio em momento oportuno, pois, recentemente os alunos foram contemplados com tablets para auxiliar no processo de aprendizagem. ” Vejo como os estudantes só têm a ganhar com essa aula, e começar a aproveitar essa ferramenta a partir do curso de comunicação”, disse.