Implementar o acolhimento de gestantes que recorrem ao HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth), facilitando a construção de vínculos entre os profissionais de saúde. Esse é o principal propósito do programa “Enquanto o Bebê não Chega”, uma ação criada pelo Governo de Roraima em prol do SUS no Estado.
Por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), a iniciativa permite que mães que se encontram no terceiro trimestre de gestação possam fazer um tour pela maternidade, proporcionando maior segurança na preparação para o parto do bebê.
“A visita antecipada é um projeto muito importante para dar o acolhimento a essas pacientes que vão entender todo o processo [de acolhimento], desde a recepção até a hora do parto e pós-parto, [para] saber como é que vai funcionar esse momento tão importante da vida dela”, afirmou a diretora da maternidade, Ana Brum.
De acordo com a gerente técnica da unidade, Larissa Wandemberg, as visitas antecipadas ocorrem desde 2012, porém, tiveram de ser suspensas durante a pandemia de covid-19, sendo retomadas em junho deste ano.
As interessadas podem procurar a Direção de Ensino e Pesquisa da Maternidade, local onde será feito o cadastro e o agendamento da data de visita.
“Quando a gestante já está perto de ter o bebê, ela pode marcar de vir na maternidade fazer essa visita, recebe uma palestra e faz um tour por onde ela vai passar quando for a hora do parto, além de todas as informações necessárias sobre o processo dela aqui dentro”, destacou.
Larissa ressalta ainda que o principal objetivo da visita é familiarizar a futura mãe e seu acompanhante ao ambiente, reduzindo o estresse e a ansiedade no momento do nascimento do bebê.
“A importância desse programa é a questão da humanização, tanto no parto quanto dos serviços. E quando a paciente chegar na maternidade ela não vem com aquele medo e receio, ela vem sabendo por onde ela vai passar, quem procurar, e com uma segurança do local de onde ela vai ter o bebê”, frisou.
Referência materna
De acordo com o SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatística), este ano, a Maternidade realizou 7.289 partos, entre cesarianos e normais.
Atualmente, as mães estão preferindo ter seus filhos de forma mais humanizada, uma média de 66,37% delas escolheram passar pelo parto normal.
A empresária Ingrid Janiely Amorim está na reta final da sua primeira gestação, e se surpreendeu com o acolhimento e estrutura que a maternidade proporciona, e ficou mais tranquila ao saber que terá toda a assistência médica necessária.
“O que eu achei mais interessante na maternidade foi o acolhimento que tivemos. Eu espero ter um parto normal, então eu entrei na sala e vi que lá é bem confortável, meu acompanhante vai estar do meu lado”, relatou.
Indo para o sétimo mês de gestação, Lilia Monteiro aproveitou para tirar várias dúvidas a respeito de seu parto que será cesárea. Ela também se interessou pelo serviço de doação de leite materno.
“O que mais me chamou atenção foi sobre o Banco de Leite Materno, achei interessante que você pode tirar [o leite] em casa e armazenar no recipiente fechadinho que os bombeiros vão buscar. E também sobre as salas de vacina e testes que o bebê precisa fazer, tudo foi bem interessante”, comentou a gestante.
Suyanne Sá