Responsável por atender as demandas de mães que possuem dificuldade de produção de leite materno, o BLH (Banco de Leite Humano) do HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth) encontra-se atualmente com o seu estoque baixo.
Durante todo o mês de setembro, a unidade conseguiu coletar 38.110 litros de leite, 20 litros a menos do que foi coletado em agosto. A demanda em todo o estado é alta, uma vez que os recém nascidos precisam ser alimentados a cada 3 horas.
“O leite materno é o melhor alimento para um bebê e principalmente quando ele é prematuro e está na UTI neonatal. Nós precisamos desse leite para que os nossos recém-nascidos sejam alimentados”, reforçou a coordenadora do BLH, Sílvia Furlin.
Para ser uma doadora, a interessada não precisa sair de casa. Basta entrar em contato pelo número (95) 98117-1995 ou pelo link do formulário do Google.
Além de estar com boa saúde, é importante que a voluntária tenha uma produção de leite maior do que as necessidades de seu próprio filho e que não faça uso medicamentos contraindicados para a amamentação.
A vendedora Íris Santos, de 36 anos, conheceu as atividades do BLH por meio da equipe de enfermagem da unidade. Seu interesse pelo assunto fez com que ela se comprometesse com a causa, principalmente em razão de ter bom excedente de leite.
“Eu descobri sobre o Banco de Leite na maternidade e achei muito importante fazer a doação do leite para ajudar as criancinhas que precisam, e também porque meu seio estava machucando por conta que tenho muito leite”, relatou.
Além da doação presencial, a voluntária também pode recorrer ao serviço de doação em domicílio, que funciona graças ao projeto Bombeiros Amigos do Peito, uma parceria do BLH com o CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima).
Por meio de agendamento, a equipe vai até a residência da lactante para fazer a coleta em frascos. O serviço funciona de segunda a sexta-feira.
“É muito gratificante fazer a coleta para o Banco de Leite. É uma parceira muito antiga do Corpo de Bombeiros com a Maternidade. Nós vamos na casa das doadoras e pegamos em média 20 frascos diariamente”, salientou o cabo do CBMRR, Gilson Mário de Oliveira.
Doadora de leite desde 2015, a dona de casa Monique de Souza, sabe muito bem da importância de ajudar recém-nascidos. Ela inclusive socorreu a própria sobrinha, que precisou ficar internada na UTI Neonatal do HMI.
“Eu quero incentivar as mães a doarem leite, pois é super importante para os bebês. Às vezes estamos com o seio muito cheio e já ouvi relato de mulher que faz a extração do leite e joga na pia. Isso é triste”, pontuou.
Suyanne Sá