Neste domingo, 27, será celebrado o Dia Nacional de Luta Contra o Câncer de Mama, data instituída pela Lei 12.116/2009 e que tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos da doença e como preveni-la.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), esse tipo de neoplasia ocupa a primeira colocação em mortalidade de mulheres por câncer no Brasil. Somente no ano passado, foram estimados 66.280 novos casos, com risco de 61,61 casos a cada 100 mil pacientes.
Para que o tratamento tenha eficácia, é necessário que a mulher fique atenta aos primeiros sinais, principalmente quando sente que há algum tipo de alteração na mama.
A funcionária pública aposentada Yara Carneiro, de 66 anos, foi surpreendida com um diagnóstico de câncer de mama em 2006. Mesmo não tendo casos na família, ela acabou fazendo a descoberta da doença após perceber a existência de um nódulo em um de seus autoexames de rotina.
“Sempre que menstruava, eu fazia o autoexame no meu seio, e em um desses procedimentos acabei identificando um nódulo. Fui para Manaus e consultei o médico, fiz minha cirurgia e comecei o tratamento por lá e terminei depois aqui [em Roraima]”, afirmou.
Após enfrentar a doença e passar pelo devido tratamento, a aposentada conseguiu recuperar sua autoestima com a tão sonhada reconstrução mamária. O apoio dos familiares e amigos também foi fundamental nesse período.
“Após quatro anos e meio [da retirada da mama], eu fiz a reconstrução da minha mama e não tive mais problema com isso. Pude usar minhas roupinhas de alça, colocar um biquíni, voltei a minha vida de antes. Minha maior força foi tanto minha família como meus amigos que nunca me abandonaram, até hoje tenho o carinho deles”, completou.
De acordo com o médico mastologista da Unacon-RR (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima), Anderson Dalla Benetta, é recomendado que mulheres façam a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos de idade. O objetivo é identificar precocemente lesões na mama, assim o tratamento poderá ser menos agressivo e a chance de cura mais alta.
“Atualmente as mulheres têm chegado à unidade com tumores cada vez mais precoces e os tratamentos felizmente estão sendo muito mais eficazes, menos agressivos e menos mutilantes. Com isso, conseguimos garantir uma melhor qualidade de vida para as pacientes”, completou o especialista.
Sobre a Unacon-RR
A Unacon-RR (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima) é a unidade referência no tratamento do câncer para todas as neoplasias de pessoas adultas no Estado.
Por lá, a paciente tem acesso a uma gama de serviços, como uma equipe multidisciplinar bastante ampla, formada por fisioterapeutas, assistentes sociais e nutricionistas, entre outros.
Ao todo, 104 pacientes deram entrada este ano na unidade para iniciar tratamento contra a doença. Além de cirurgia, a Unacon-RR também oferece sessões de quimioterapia quando necessário.
A Unacon-RR está situada dentro do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), que fica na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, nº 1.364, bairro Aeroporto.
Suyanne Sá