De janeiro a outubro de 2022, a equipe da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) da PCRR (Polícia Civil de Roraima) prendeu 114 pessoas, 32,5% a mais que em todo o período de 2021, quando 86 pessoas foram presas por tráfico de drogas.
Como estratégias para o combate mais qualificado ao tráfico de drogas, o Denarc (Departamento de Narcóticos) tem realizado ações de prevenção com palestras e orientações nas escolas e, ainda de repressão, com inteligência e integração, .
A delegada-geral adjunta e diretora do Denarc, Darlinda Moura Viana, fez um balanço das ações de combate ao tráfico de drogas deste ano e destacou que o enfrentamento é constante e diário.
Balanço das apreensões
No ano de 2021, a equipe da DRE realizou 56 operações de combate ao tráfico e drogas na Capital e no Interior que resultaram na lavratura de 49 APFs (auto de prisão em flagrante) com a prisão de 86 pessoas; no cumprimento do mandado de prisão de seis pessoas e instaurou sete inquéritos por portaria.
As ações resultaram ainda nas apreensões de 19,073 kg de cocaína e 54,896 kg de maconha, totalizando 73,969 kg de drogas tiradas de circulação. Aprendeu ainda oito armas de fogo, 110 munições, 29 veículos, 32 balanças e a importância de R$ 85.332,00.
Até o dia 31 de outubro deste ano, a equipe da DRE já havia superado os números do ano de 2021. Ao todo foram realizadas 62 operações de combate ao tráfico de drogas na capital e no interior que resultaram na lavratura de 61 APFs, com a prisão de 114 pessoas, e instaurou seis inquéritos por portaria.
As ações resultaram ainda nas apreensões de 18,378 kg de cocaína e 75,345 kg de maconha, totalizando em 93,723 kg de drogas apreendidas.
As equipes policiais apreenderam ainda 10 armas de fogo, 208 munições, 38 veículos, 135 telefones celulares, 46 balanças, sete eletrodomésticos e a importância de R$106.173,00.
Em relação ao ano de 2021, os dados apontam que em 2022 houve um crescimento 32% no número de pessoas presas por tráfico de drogas. Também aumentou em 26,7% a apreensão de drogas pela equipe da DRE. A maconha foi o entorpecente mais apreendido, com um aumento de 37,2% em relação ao ano anterior. Segundo Moura, a fronteira com a Guiana explica o aumento na apreensão deste tipo de drogas.
Aumentaram também em 31%, a apreensão de veículos utilizados por traficantes para a logística de distribuição de drogas. Os policiais aumentaram ainda em 25% a apreensão de armas em 2022 e também 98% as apreensões de munições. Outro aumento que pode ser destacado é em relação ao dinheiro apreendido em poder dos traficantes, que aumentou em 25%.
Para Darlinda Moura, esses números evidenciam que aumentaram ainda mais as estratégias de combate ao crime organizado, que utiliza da inteligência policial e a integração entre as equipes da Polícia Civil, aliado ao apoio da população que tem denunciado mais a atuação de traficantes nos bairros.
“Nossos objetivos são retirar as drogas de circulação das ruas com eficiência, dando um prejuízo no núcleo financeiro dessas organizações criminosas. Paralelamente, impedir a atuação dos criminosos que, por conta do “mercado das drogas”, cometem furtos, roubos, homicídios e lavagem de dinheiro”, destacou.
Problema social
Ao mesmo tempo em que atua na repressão ao crime organizado, a Polícia Civil mantém nas estruturas do Denarc o NN (Núcleo de Narcóticos), que atua no trabalho de prevenção às drogas. Formado por policiais civis, o Núcleo tem como meta esclarecer a comunidade a respeito da drogadição, principalmente de adolescentes. Os policiais realizam palestras educativas tanto na Capital, quanto no Interior ou até mesmo destinada a outras instituições de segurança.
Para a diretora do Denarc, a oferta de drogas e a “cadeia produtiva” causam um grande problema social, e é necessário que a sociedade como um todo tenha um olhar mais atento aos jovens.
“Temos percebido que aumentou o número de jovens envolvidos com drogas, seja por meio do uso ou no tráfico, o que é pernicioso para a nossa sociedade. Nossa orientação aos pais é para que estejam mais atentos aos filhos, às amizades nutridas por eles, seus comportamentos, para que possam orientá-los de forma que não ingressem no caminho das drogas que, na maioria das vezes, é um caminho sem volta”, disse.
Incineração de drogas
Nas estratégias de combate ao crime organizado, a queima de drogas também obteve um grande destaque nos dois últimos anos (2021 e 2022), quando foram incinerados 323 quilos de drogas. Sendo 90,778 kg de cocaína e 232,729 de maconha.
Ações positivas
Para o delegado-geral da PCRR, Eduardo Wayner, os dados são extremamente positivos e a perspectiva para 2023 é aumentar o efetivo da DRE e ampliar as frentes de trabalho de prevenção e repressão ao tráfico de drogas.
“Roraima é o menor Estado brasileiro em termos populacionais, e para combater o crime organizado temos realizado várias estratégias ao longo de 2022, seguindo as diretrizes do governador Antonio Denarium de fortalecer ainda mais as investigações. O ano ainda não terminou e acreditamos que até 31 de dezembro, esses números aumentarão e nossa meta é de ampliarmos ainda mais a força da investigação e, consequentemente, dos resultados em 2023”, ressaltou.
Sandra Lima