Na quarta-feira, 7, foi celebrado o Dia do Cirurgião Plástico, um profissional considerado vital para os trabalhos da atenção especializada em saúde. A data foi escolhida em alusão à fundação da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), no ano de 1948.
Em Roraima, o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) é uma das referências locais. O setor atua em conjunto com outras áreas da unidade, como a ortopedia, mastologia, cabeça pescoço, entre outros.
De acordo com o coordenador de cirurgias plásticas do HGR, Márcio Arcoverde, mais de 40 procedimentos foram realizados na unidade somente este ano. Ele enfatiza ainda que a especialização nessa área requer muito investimento em cursos e capacitações.
“A profissão é uma curva de aprendizado muito longa. São seis anos de faculdade, mais três anos de cirurgia geral, depois quatro anos de cirurgia plástica, para só depois disso se especializar. Isso demanda muito tempo”, disse.
Em março deste ano, o cirurgião recebeu a Comenda Orgulho de Roraima, uma honraria entregue a personalidades que contribuíram, de alguma forma, para o desenvolvimento do Estado.
Arcoverde é concursado pelo Estado desde 2009, sendo reconhecido por sua conduta exemplar dentro de sua rotina de trabalho, conhecimento técnico na área em que atua de forma humanizada no tratamento com o paciente.
“A cirurgia plástica para mim é arte. Eu fico muito feliz em ser um artista reconhecido dentro da minha profissão. A cirurgia plástica é a minha vida”, ressaltou.
Resgatando a autoestima:
Dentre as principais ocorrências que a área de cirurgias plásticas atua estão os acidentes ortopédicos, fraturas, queimaduras e lesões que evoluem para perda de tecido de pele. Neste caso, o médico deve reparar as sequelas e restituir a funcionalidade corporal do paciente.
O aposentado Waldemir Correa, de 45 anos, sofreu um acidente de trânsito no mês passado. Agora precisa realizar o procedimento de retalho cutâneo, em que uma unidade de pele do próprio paciente é transferida para outra área receptora.
A técnica é utilizada na cobertura de feridas, proporcionando um melhor aspecto estético e funcional.
“A estética [da perna] vai voltar, não vai ter mais ferimento, acho muito importante o trabalho que o doutor faz aqui”, comentou o paciente.
Para Arcoverde, um dos pontos altos da profissão, mesmo diante das dificuldades encontradas nos casos mais difíceis, é pode devolver a autoestima do paciente.
“Poder elevar a autoestima das pessoas, trazer a recuperação funcional de algumas áreas que são lesionadas ou mutiladas, para nós cirurgiões plásticos é uma alegria, poder participar efetivamente da realização de um sonho”, pontuou.
Suyanne Sá