Apesar de o MEC (Ministério da Educação) ter liberado os recursos para pagamentos relacionados à assistência estudantil, o bloqueio orçamentário na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica continua impedindo a execução de uma série de outras ações, entre elas a pesquisa, uma das principais atividades nas instituições de educação do País.
Com isso, conforme informações disponibilizadas pela Propespi (Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação) do IFRR (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima), um total de R$ 145 mil em recursos voltados para ações de apoio, fomento e desenvolvimento à pesquisa no instituto estão suspensos por tempo indeterminado, dependendo da duração do bloqueio e de uma reanálise da situação financeira institucional para o próximo ano.
Esses recursos estão relacionadas a quatro editais: 15/2022 e 35/2022 (GP de Inovação – Fomento ao Desenvolvimento de Pesquisa Aplicada e de Inovação por meio de Grupos de Pesquisa/Vagas remanescentes); 17/22 (Apoio a Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação); e 30/2022 (Ajuda de Custo à Publicação Científica, Tecnológica e Cultural).
Segundo o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFRR, professor Romildo Alves, essa suspensão deverá refletir diretamente nos projetos e nas publicações que foram selecionados para receber o apoio financeiro da instituição, causando a descontinuação dos projetos, ou seja, prejuízo às atividades de pesquisa científica no IFRR.
“As bolsas de iniciação científica e tecnológica dos projetos de pesquisa em andamento deverão seguir normalmente o fluxo de entrega dos relatório de atividades e solicitação de pagamento, o qual está condicionado à disponibilidade financeira para sua efetivação. Já os editais citados anteriormente ficarão suspensos indeterminadamente. A Propespi, em conjunto com os demais setores da Reitoria, seguirá acompanhando com atenção a situação e prestará esclarecimentos conforme receba novas informações”, explicou o pró-reitor.
Ele ainda lamentou a situação, que afeta, segundo ele, não apenas o instituto, mas também toda a sociedade, pois “é por meio das pesquisas que conhecimentos são gerados, produtos e processos que venham impactar diretamente o desenvolvimento do estado, bem como a qualidade de vida das comunidades locais”.