A delegada da PCRR (Polícia Civil de Roraima), Francilene Lima Hoffmann de Vargas, foi eleita vice-presidente da Comissão Nacional de Atletas de Tiro Esportivo, órgão da CBTP (Confederação Brasileira de Tiro Prático). A eleição foi online e contou com representantes de todo o país, eleitos para um mandato inicial de dois anos.
De acordo com a delegada, esta é primeira vez que atletas têm representação dentro da CBTP. “Até então, havia somente representantes com voz e direito a voto de clubes e federações de tiro esportivo”, disse.
Conforme Francilene, para participar da eleição nacional, ela precisou ser eleita em âmbito estadual e também regional. Assim, todas as regiões do Brasil foram representadas com duas pessoas cada para que se formasse um grupo, e, daí seria eleita a comissão de atletas com dez representantes nacionais.
“Entrei para o grupo como representante da Região Norte e também fui eleita internamente como vice-presidente da Comissão Nacional”, detalhou a delegada.
Ela explicou ainda que a eleição foi uma necessidade para atender a um dos requisitos da Lei Pelé, que garante incentivos ao esporte no País. “Para que pudéssemos ser amparados por essa lei tínhamos que cumprir todos os requisitos, e a representação dos atletas era um deles”, afirmou.
De acordo com a delegada, a função é importante porque antes a gente não tinha um olhar do atleta dentro das discussões do tiro esportivo brasileiro e agora temos direito de voto na Confederação. Então, a partir de agora, a gente tem discussões efetivas do ponto de vista do atleta que antes não havia”, relatou.
Delegada vê consonância entre tiro esportivo e atividade policial
Há quase 20 anos como delegada na PCRR, Francilene Lima Hoffmann de Vargas tem participado de inúmeras competições de tiro no Brasil e no Exterior, a exemplo do Pan American Handgun Championship VIII, que ocorreu em Frostproof, na Flórida – EUA, em setembro deste ano, onde representou o Brasil.
Em sua análise, a delegada afirma que o conhecimento adquirido durante a prática do esporte desenvolve o profissional de segurança pública. “Por que esse profissional adquire um conhecimento do uso do equipamento e das habilidades de uma arma de fogo que é muito diferenciado”, explicou.
Para ela, participar dessas competições evidencia a diferença que a modalidade recebe dentro e fora do país.
“Diferente dos outros países, como os Estados Unidos, que dá bolsa de estudo nas faculdades para os atletas que se desenvolvem bem e que também existe um olhar, dentro das forças de segurança para os atletas, que são patrocinados para competir no mundo inteiro, o Brasil, infelizmente, não trabalha assim, mas esse é um olhar precisa ser desenvolvido e que estamos lutando para avançar”, revelou.
Francillene afirma existir “total consonância” entre a prática do tiro esportivo e o trabalho policial.
“Só traz benefícios, tanto para pessoa para o agente de segurança em si, quanto para a instituição e a sociedade. Acredito que isso deveria ser muito explorado porque isso coloca em evidência a instituição, o Estado e o País positivamente”, concluiu.
Jéssica Laurie