Comitê de Queimadas aprova abertura de sétimo ciclo de fogo controlado em Roraima

A abertura do ciclo será nesta quinta-feira, 22, seguindo até o dia 31 de janeiro de 2022. – Fotos: Ascom/Femarh

Nesta quarta-feira, 21, o Comitê Estadual de Prevenção, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais de Roraima se reuniu para discutir a abertura do 7º Ciclo de Queimadas Controladas do Estado.

O presidente da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Glicério Fernandes, apresentou o calendário para o uso do fogo controlado do sétimo ciclo ao comitê, que aprovou a abertura do sétimo ciclo a partir desta quinta-feira, 22 de dezembro de 2022, até o dia 31 de janeiro de 2022.

Será realizada uma suspensão entre os dias 1º a 3 de janeiro de 2023, iniciando novamente no dia 4 de janeiro e encerrando no dia 31 de janeiro de 2023.

Norteada por dados técnicos, a formulação do calendário foi apreciada, discutida e aprovada pelo comitê. Agora, a portaria seguirá para publicação no Diário Oficial do Estado.

“Baseado nas análises técnicas climatológicas e nos focos de calor monitorados por satélite, a Femarh definiu o período sugestivo para abertura do calendário para uso do fogo de forma controlada”, destacou o presidente.

Além da Femarh, participaram do encontro representantes do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), a SEI (Secretário de Estado do Índio), a Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), do Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima), da Uerr (Universidade Estadual de Roraima) e da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A reunião

Realizando a abertura da reunião, Fernandes ressaltou que o Governo do Estado vem desenvolvendo o controle das queimadas e combate aos incêndios florestais com entidades do Executivo e instituições parceiras.

“Hoje temos contratados 242 brigadistas que estão prontos para auxiliar a todo e qualquer particular com sua devida autorização de queimada a fazer o uso do fogo”, disse.

Foi apresentado também um comparativo com dados como precipitação de chuvas, focos, temperatura, umidade que ajudam na discussão e na implementação de políticas de combate aos incêndios no estado de Roraima, bem como o modelo de autorização de queima controlada utilizado hoje pela Femarh, que geralmente tem validade de um mês.

No encontro, o diretor de Monitoramento e Controle Ambiental da Femarh, Wilson Jordão, fez a apresentação de dados e parâmetros climáticos e dados de precipitação das estações telemétricas do Estado, juntamente com o chefe da Divisão de Mudanças Climáticas e Prevenção a Queimadas, Whesley Melo, e o meteorologista da fundação, Ramon Alves.

“Até o momento foram registrados 100 focos de queima, totalizando 116 no ano. Em dezembro de 2021 foram 84 focos de um total anual de 989. Em dezembro, a média é de 176 focos, e a média anual é de 2.065 focos”, detalhou Jordão.

De acordo com o meteorologista da Femarh, Ramon Alves, a tendência é que as chuvas fiquem acima do normal nos próximos meses. “Não sendo muita chuva se comparado ao período normal do nosso inverno, o que abre um alerta quanto aos focos de queima”, destacou.

Autorização

Também é necessário apresentar mapa ou croqui da propriedade e mapa com as coordenadas da área a ser queimada, além de autorização de desmatamento anterior, o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o licenciamento ambiental vigente.

Comitê

O Comitê Estadual de Prevenção, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais de Roraima foi criado em 1988, reformulado em 2003 e tem como objetivo direcionar as ações e políticas de educação, prevenção e controle de queimadas e combate a incêndios florestais.

O comitê Tem como objetivos, direcionar as ações e políticas de educação e controle de queimadas e combate aos incêndios florestais; elaborar plano emergencial de controle de queimadas e combate aos incêndios florestais; apoiar na elaboração de um plano de ação para municípios situados na área atingida pelos incêndios florestais; indicar áreas de maior risco de ocorrência de incêndios; articular as ações de fiscalização e educação ambiental relacionadas às queimadas; utilizar as informações produzidas e sistematizadas pela sala de situação, na tomada de decisões quanto às ações relacionadas às queimadas e na divulgação dos graus de risco de incêndio florestal.

Cíntia Schulze

 

 

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