Educação continuará com projetos voltados ao incentivo à leitura e escrita no ano letivo em 2023

Programa Caminhada Literária foi criado em 2008 pela Seed com o objetivo de desenvolver estratégias de leitura junto aos professores, bem como aprimorar a proficiência entre os alunos. – Fotos: Ascom/Seed

As aulas do ano letivo de 2023 da rede estadual de ensino começaram nesta quarta-feira, 1º, e para reforçar o aprendizado dos alunos, uma das frentes da Seed (Secretaria de Educação e Desporto) é o incentivo à leitura.

Em Boa Vista, os alunos da Escola Estadual Penha Brasil, por exemplo, participam do projeto “A leitura como mediadora de aprendizagem” deste 2015. Um dos principais objetivos é criar uma intimidade entre os livros e os estudantes facilitando uma experiência intelectual com diferentes autores e gêneros.

“São desenvolvidas várias atividades no decorrer de todo o ano. A cada bimestre os alunos leem um livro. Todas as turmas participam”, disse a gestora da unidade, Eleene Trindade.

Além da Escola Penha Brasil, diversas outras unidades de ensino desenvolvem atividades que incentivam a leitura por meio de projetos coordenados pelas Salas de Leitura, ambientes pedagógicos que fomentam práticas literárias.

O principal objetivo dos projetos é atender ao anseio do aluno em querer aprender mais e fazer com que aqueles que não se interessam, passem a utilizar a leitura como forma de ampliar os seus horizontes, melhorar a oratória, a escrita e consequentemente, o seu desempenho escolar. Esses projetos são acompanhados pelo Programa Caminhada Literária.

Caminhada Literária

O Programa Estadual Caminhada Literária foi criado em 2008 pela Seed com o objetivo de desenvolver estratégias de leitura junto aos professores, bem como aprimorar a proficiência entre os alunos.

O Programa oferece formação continuada aos professores mediadores de leitura, especificamente os que atuam em bibliotecas e salas de leituras promovendo ações pedagógicas através de assessoria direta, encontros e oficinas para o letramento literário.

Por meio do contato com a literatura, o aluno não desperta somente o interesse pela leitura, ele consegue também se habilitar em diversos trabalhos de escrita, oratória e desenvolver a noção de pertencimento através dos autores regionais.

É importante salientar que a leitura não se trata, exclusivamente, de decodificar caracteres. Textos, filmes, peças de teatro, obras de arte também fazem parte do processo.

“Em 2023 as atividades do programa iniciam a partir de março. No cronograma estão previstos encontros com mediadores de leitura, oficinas de criatividade literária, mostra de curta literária, o Festival Expondo e Encantando, além de assessoria direta nas unidades escolares” explicou o chefe da Divisão de Projetos Especiais da Seed, Leonilton Manoel da Cruz.

Leitura no Sistema Prisional

Em outro contexto, a Escola Estadual Professora Crisotelma Francisca de Brito, localizada anexa à Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo) realiza o projeto “Leitura para a Libertação”.

O projeto tem como base a Lei 12.433/11, que prevê a remição de parte da pena em decorrência do estudo realizado dentro do sistema prisional e portarias federais que dão direito ao conhecimento por meio do aprimoramento da leitura e da escrita.

“O objetivo do projeto é aprimorar o conhecimento, a cultura, a educação, a leitura e a escrita e também a remissão de parte da pena pela leitura. Essa remissão se dá a cada obra lida. O reeducando tem de 21 a 30 dias para fazer a leitura e o relatório do livro”, explicou a coordenadora do projeto no sistema prisional, Edna Moura.

Layse Menezes e Mágida Azulay Khatab

 

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