Rárison Barbosa chama atenção para iniciativas que visam garantir segurança nas escolas

Deputado protocolou uma indicação ao Executivo para criar uma força-tarefa (polícias Militar, Civil e Penal) para atuar nas unidades de ensino. – Fotos: Alfredo Maia/Eduardo Andrade/Marley Lima

Durante sessão ordinária desta terça-feira, 18, o deputado Rárison Barbosa (PMB) usou a tribuna para chamar a atenção da população para iniciativas que visam coibir a violência no ambiente escolar.

“Hoje, nós faremos uma reunião na Comissão de Segurança Pública, onde já fizemos um estudo de leis, de indicações com relação a essa causa, para discutir o que devemos fazer enquanto Parlamento para ajudar”, disse.

Egresso da Polícia Penal e presidente da Comissão de Defesa Social, Segurança Pública e Sistema Penitenciário, Barbosa, que protocolou na semana passada uma indicação ao Executivo para criar uma força-tarefa (polícias Militar, Civil e Penal) para atuar nas unidades de ensino, elogiou a assinatura pelo governador, Antonio Denarium (Progressistas), do decreto que cria o programa Polícia na Escola, que prevê a presença de policiais dentro e fora das unidades de ensino.

A medida foi anunciada durante a inauguração do Complexo Poliesportivo Rivaldo Neves, no Parque Anauá, na segunda-feira, 17. “Nesse evento, fui surpreendido quando o governador chamou o comandante-geral da Polícia Militar e divulgou e assinou o decreto da Polícia na Escola, onde serão disponibilizados 250 policiais para cuidar da segurança. O governador atender o pedido desta Casa Legislativa, me deixou muito feliz, o que demonstra preocupação com nossas crianças e adolescentes”, parabenizou.

Deputado Marcelo Cabral

Barbosa também destacou a iniciativa do senador Mecias de Jesus (Republicanos) em destinar emenda de R$ 40 milhões para a compra de detectores de metais. “Essa é uma ação que vai trazer resultados e inibir qualquer tipo de violência dentro das escolas. Nós entendemos que as bancadas, tanto estadual como federal de Roraima, estão preocupadas com essa causa. Quero então deixar aqui novamente a nossa preocupação, para que possamos juntos encontrar uma saída”, concluiu.

Debates

O tema gerou debate durante a sessão ordinária. O 1º vice-presidente da ALE-RR, Marcelo Cabral (PMB), aproveitou para lembrar da responsabilidade dos pais em coibir a cultura da violência.

“É papel dos pais orientar, educar, pois, às vezes, como pais não enxergamos o que está acontecendo dentro de casa. Por isso, quero chamar a atenção da nossa sociedade para o que está acontecendo em todos os estados, para que não aconteça conosco a fatalidade que ocorreu em Santa Catarina”, ponderou.

Deputado Marcos Jorge

Já Marcos Jorge (Republicanos) disse que a solução passa pela construção de um programa, sem a pecha da repressão policial, que envolva o diálogo entre o Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Nosso maior patrimônio são nossos filhos e nós temos visto cada vez mais loucos nas redes sociais incentivando atos temerosos. É importante que o Executivo trabalhe um programa efetivo de segurança nas escolas, que convide os Poderes Legislativo e Judiciário para uma discussão mais aprofundada sem levar temor aos alunos, sem aquela presença física repressora, mas que passe a convicção de que essa segurança está guardando o nosso maior patrimônio, que são os nossos filhos”, desabafou.

Deputada Aurelina Medeiros

Essa é a mesma visão da decana Aurelina Medeiros (PP). Para ela, o assunto é complexo e deve ser discutido em conjunto pelas comissões de Educação e de Segurança Pública da ALE-RR, além de envolver diretamente as famílias. “Não se combate crime em escola sem família. Essa é uma questão muito ampla, não é colocando a polícia dentro das escolas que isso vai resolver, porque vai faltar na rua”.

Ela ainda sugeriu o esforço no controle de entrada dos alunos, como uma medida simples e efetiva para diminuir as chances de atos de violência nas salas de aula. “Se você tem dois detectores de metais, como temos no aeroporto, na porta das escolas podemos impedir a entrada de armas, você só precisa de dois porteiros para controlar o fluxo”, apontou.

Suellen Gurgel

 

 

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