A comunidade acadêmica do Campus Boa Vista está em festa pela recente conquista que assegura excelência na qualidade do ensino. O curso superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do Campus Boa Vista, o primeiro a ser implantado pela unidade, em 2003, recebeu a pontuação máxima do Ministério da Educação, a nota 5.
Essa é a primeira vez que um curso do IFRR recebe nota máxima do MEC, em uma avaliação que atribui pontuações de 1 a 5 ao avaliar aspectos como infraestrutura, corpo docente, projeto pedagógico e desempenho do estudante. A nota indica que a instituição vai além dos critérios básicos na oferta do curso. Reflete a excelência na qualidade da educação.
Desde a criação, em 2005, o curso formou mais de 300 turismólogos. Anualmente são oferecidas 35 vagas, com exceção do ano de 2011, que ofertou 70 vagas, 35 em cada semestre. Com duração de três anos, o curso funciona de forma presencial, no turno noturno. Atualmente são aproximadamente 60 alunos matriculados.
Para a reitora do IFRR, Nilra Jane Figueiras, o sentimento é que o dever está sendo cumprido com excelência, haja vista o trabalho árduo em todas as áreas da instituição para entregar ao Estado de Roraima os melhores profissionais. “Uma nota máxima na avaliação do MEC sempre foi o nosso sonho, e hoje é realidade. Portanto, a palavra é gratidão! Somos muito gratos a todos que contribuíram para esse resultado, tanto servidores quanto estudantes. Que essa seja a primeira nota máxima de muitas que ainda virão!”, disse a reitora.
Ao receber a notícia da nota, a diretora-geral do CBV, Joseane Cortez, destacou a caminhada construída para se chegar até este momento. Disse que a nota representa o reconhecimento do esforço de todos nessa construção, que vai desde o planejamento, a concepção, até o desenvolvimento efetivo das ações que culminam com a execução do curso.
“Nossa gratidão pela linda história desse curso, o primeiro superior implantado na instituição, que permitiu a institucionalidade do que somos hoje: IFRR. Meu abraço a todos os acadêmicos, docentes, técnicos e gestores do CBV e do IFRR pelo compromisso e solidariedade na busca de qualidade e excelência”, comemorou Joseane.
A coordenadora do curso, Suzana Menezes Macedo, disse se sentir feliz e honrada por fazer parte da história do curso, não apenas pela nota, que o valida, mas também por saber que todos os esforços e dedicação de docentes e discentes levaram o IFRR a alcançar o reconhecimento da excelência do ensino.
Suzana acredita que, para o turismo ter sucesso, o primeiro passo é a sala de aula, aprendendo a empreender e desenvolver de forma digna e eficiente essa atividade. “Com uma instituição que apoia, incentiva e acredita que o turismo contribui para a melhoria da sociedade, isso nos encoraja e nos motiva a prosseguir”, comentou.
Em relação a novas melhorias, a coordenadora explicou que estão trabalhando para dar nova roupagem ao curso, tanto na forma presencial quanto na modalidade a distância (EAD), com vistas a atender todo o estado em suas demandas específicas. “Mas sem esquecer que precisamos de profissionais docentes específicos da área e concursados capazes de efetivar nossas ações”, finalizou a coordenadora.
Área de turismo no compromisso da verticalização do ensino no IFRR
Conforme previsto na Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPT), a verticalização do ensino é um dos compromissos dos institutos federais.
Na prática, a ideia é garantir que o estudante tenha acesso a todas as etapas do ensino na mesma instituição. No Instituto Federal de Roraima, um dos exemplos na busca de verticalização do ensino é o curso de Turismo do Campus Boa Vista.
A unidade iniciou ofertando o curso técnico de guiamento integrado ao ensino médio na área de turismo, e hoje mantém a graduação e a pós-graduação (latu sensu) em Turismo.
Quem passou pela experiência de fazer a graduação e a especialização em Turismo no CBV/IFRR foi a doutoranda em Turismo pela Universidade de São Paulo (USP) Jordana de Souza Cavalcante, ex-professora substituta da unidade na área.
Para ela, a nota 5 do MEC eleva a instituição a um patamar de excelência. Dos cursos técnicos, superior e de especialização do IFRR, o de turismo sempre foi referência no mercado roraimense, segundo Jordana. “Após uma pandemia, o curso de turismo comprova sua qualidade. A avaliação, que é realizada pelo Inep, assegura que a formação escolhida pelo discente irá seguir a diretriz curricular obrigatória do curso proposta pelo MEC”, afirmou.
Nota máxima do curso será um incentivo a mais, diz acadêmica
Para a jornalista Poliana Araújo, acadêmica do primeiro semestre do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do Campus Boa Vista, além de confirmar e destacar a excelência do trabalho que vem sendo feito ao longo do tempo pelo corpo docente e pela equipe gestora da unidade, a notícia da nota máxima do MEC será um incentivo a mais para ela continuar.
Conforme Poliana, para quem já tem uma graduação, o início de um curso nem sempre é estimulante, mas a nota 5 deu um up para ela. “A gente sabe que tem projetos de extensão na área de turismo em andamento e outras iniciativas que são de excelência. Isso é graças ao acompanhamento dos professores e dos gestores, que dão o suporte necessário para nos desenvolvermos de fato, desde a academia até algum projeto na área em que a gente queira atuar. Para mim, essa avaliação foi de suma importância, porque confirma que eu fiz a escolha correta do curso”, disse.
A jornalista lembra que estava buscando, de forma despretensiosa, uma segunda graduação que não demorasse muito tempo e que, depois de ler a grade curricular do curso, se interessou. Então, resolveu prestar vestibular e, nesse processo, acabou adquirindo uma chácara. Ela acredita que o curso vai ajudá-la a, no futuro, empreender com mais habilidade.
Incentivada por tantas belezas naturais e pelo grande potencial turístico existente em Roraima, Rejane Araújo resolveu prestar vestibular para Gestão de Turismo. Acadêmica do primeiro semestre, ela acredita que o curso seja importante para o estado e que precisa ser melhor explorado. “E, tendo mais profissionais capacitados, eu acredito que isso vá abrir portas para o turismo e até para as pessoas de fora virem conhecer o estado”, comentou.
Rejane também falou sobre a nota máxima. “É uma felicidade saber que o curso em que eu acabei de ingressar recebeu nota 5. Isso quer dizer que é um curso que está crescendo, e eu creio que foi uma escolha certa e que vai abrir novas portas para outras pessoas que queiram fazê-lo. Foi uma felicidade grande quando eu recebi a notícia da nota máxima, porque, para ter uma nota dessas, é necessário um conjunto de ações”, afirmou.
Rebeca Lopes