Participar do Festival Internacional de Dança de Joinville é um sonho para qualquer bailarina que pretende seguir carreira profissional. E quem vai realizar esse sonho, em breve, são as jovens Jheniffer Elouise e Daphne Jelicóe, ambas com 13 anos, alunas da escola de Balé da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (FETEC). Este ano, a 40º edição acontecerá entre os dias 17 e 29 de julho.
Para Daphne, participar do evento é uma grande realização. “Eu me emocionei e chorei, foi muito especial. Dançar é uma forma de mostrar meus sentimentos. Eu me sinto viva fazendo isso. Era um sonho desde pequena e quero aproveitar ao máximo essa oportunidade e dar o melhor de mim. Aqui na escola eles ajudam muito. Mesmo que alguém não tenha condições, eles ajudam e isso é muito especial”, declarou.
Jheniffer, que dança desde os três anos de idade, também fala emocionada sobre sua seleção para o festival internacional. “Estou muito feliz mesmo e bastante ansiosa para chegar lá”, afirmou a bailarina, durante as gravações do vídeo para a inscrição no evento.
Normalmente o número de participantes do Norte é muito reduzido, o que torna ainda mais importante essa escolha de Boa Vista. Ser selecionado para o festival é como passar no vestibular, ressaltou Lucas Sozza, professor das meninas, destacando a importância do apoio a cultura e principalmente a dança.
“Representar o Norte em um festival tão grande é muito emocionante e o apoio da prefeitura é fundamental. A carreira da dança ainda é muito cara e a gente lida com talentos todos os dias, mas que as vezes não tem como custear. Aulas, cursos, capacitações ou até mesmo figurinos e ter esse incentivo é fundamental. A prefeitura se torna um veículo de acesso”, ressaltou.
Para Aila Gama, também professora e coreógrafa do curso, a notícia chegou com muita alegria. “É uma confirmação que estamos no caminho certo. É gratificante, pois lutamos muito por esse reconhecimento. É um gostinho a mais por ser tão difícil por conta da distância. Isso é incrível até para o povo daqui se inspirar”, falou.
Balé da Prefs
Esta é uma iniciativa inédita que iniciou em janeiro de 2022 e já beneficiou em torno de 340 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade. Só nesta temporada 2023, são 300 alunos, entre eles um menino e crianças com dificuldades de locomoção e autistas.
Sobre o Festival
O evento ocorre anualmente e foi criado em 1983 pelo professor de balé Carlos Tafur e pela artista plástica Albertina Tuma. Atualmente é considerado, pelo Livro Guinness dos Recordes, como o maior evento no mundo em número de participantes – cerca de 4.500 bailarinos.
Cada edição do festival dura em torno de duas semanas. Junto com a competição, vários outros eventos acontecem no mesmo período, como a Mostra de Dança Contemporânea (não competitiva), o Festival Meia Ponta (para crianças), a Feira da Sapatilha, o Encontro das Ruas, Rua da Dança, Palcos Abertos e Passarela da Dança.