Recomposição orçamentária: IFRR vai reajustar bolsas de pesquisa e ampliar atividades de extensão

Perdas de recursos sofridas pelos institutos e universidades federais, de 2020 a 2023, foram levadas em conta para recomposição pelo governo federal. – Fotos: Ascom/IFRR

Além do incremento na pesquisa e extensão, ou seja, nas ações promovidas com a participação direta da comunidade externa, áreas como a de qualificação de servidores deverão ser beneficiadas

Antes do encerramento do primeiro semestre deste ano, comunidades acadêmicas dos institutos e das universidades federais do Brasil já podem contar com perspectivas animadoras nas áreas de ensino, pesquisa e extensão para o decorrer do ano.

A recomposição orçamentária para essas instituições, anunciada em abril pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro, no Palácio do Planalto, com reitores e reitoras, parlamentares, ministros e ministras, além de representantes de entidades da educação e estudantes de institutos federais, voltada para a recuperação do ensino superior e técnico no País, já está na fase de execução.

No total, a recomposição, que levou em conta as perdas de recursos sofridas por universidades e institutos federais nos últimos quatro anos, foi de R$ 2,44 bilhões. Para o IFRR (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima), mais precisamente, o total recomposto foi de pouco mais de R$ 3,4 milhões, o que corresponde a um acréscimo de 18% no orçamento anual previsto para a instituição.

Desse total, mais de R$ 3 milhões foram destinados para ações de funcionamento do instituto, que englobam o pagamento de 100% das despesas da instituição, como vigilância, limpeza, energia, além de ações de gestão de pessoas, atividades de pesquisa, extensão, ensino e desenvolvimento institucional.

O restante, pouco mais de R$ 417 mil, será voltado para ações de assistência estudantil, que se concentra no atendimento de diversas necessidades da comunidade acadêmica, como transporte, alojamento e alimentação.

Segundo o pró-reitor de Administração, professor Emanuel Moura, com a política de descentralização do IFRR, cada gestão de campus é responsável pela aplicação do percentual de orçamento que lhe cabe e adota as medidas de distribuição conforme as necessidades locais. Mas, com a parcela de administração por parte da Reitoria, a perspectiva de atendimento institucional, como um todo, é mais positiva do que a de anos anteriores.

“Ainda vamos fazer uma reunião na Reitoria para tratar do orçamento, mas já é possível adiantar que áreas como pesquisa e extensão receberão um incremento, com reajustes em alguns programas e ampliação em outros, por exemplo, conforme nossas metas e planejamento, além de atendimento a outras áreas importantes, como incentivo ao desenvolvimento de servidores e servidoras, que terão garantido o auxílio-qualificação, entre outras situações a serem discutidas”, explicou o pró-reitor.

A reitora do IFRR, professora Nilra Jane Filgueira, que acompanhou o processo de diálogo entre reitores e reitoras de todo o Brasil e a Presidência da República, disse que, com essa participação ativa nas conversas para a recomposição orçamentária, foi possível ir adiantando o planejamento a partir desse acréscimo e que as perspectivas para o desenvolvimento institucional e estudantil podem ser consideradas um pouco mais otimistas com essa medida do governo.

“Foi muito importante todos os reitores e reitoras poderem se fazer presentes nessas tratativas para a recomposição das perdas orçamentárias que sofremos ao longo desses últimos quatro anos. Levar nossas dificuldades e demandas, e com isso, poder tentar resolver da melhor maneira possível como atuar na recuperação das ações de educação em todo o País. Apesar de ainda não ser o suficiente, pois se trata de uma recomposição, e não de um reajuste, já foi um passo muito importante para essa reconstrução. Passamos por momentos difíceis, mas garantimos que essa fase agora será de atuar com responsabilidade para o fortalecimento da Rede Federal em Roraima”, declarou Nilra Jane.

 

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