O número de abate de bovinos bateu recorde no mês de março em Roraima. Vários fatores contribuíram para esse aumento, e entre eles estão a diminuição do preço do produto, o aumento da população, abertura de mercado para a exportação, além de investimentos do Governo de Roraima.
Os números comprovam esse aumento. Em janeiro foram abatidos 6.935 animais. No mês de fevereiro foram 6.217 e em março foram 7.705 cabeças, perfazendo um total de 20.875 bovinos abatidos para consumo no primeiro trimestre deste ano, segundo o serviço de inspeção da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima).
Os números são registrados na base de dados da agência e trazem informações precisas sobre a quantidade de animais guiados para o abate, além da evolução do rebanho bovino, percentuais de vacinação contra febre aftosa, entrada de animais no Estado e a população bovina em Roraima.
Ranking
Mucajaí foi o município que mais teve animais guiados para o abate em março. Foram 1.917 bovinos. Depois vem Iracema, com 1.152 animais, e em seguida Rorainópolis, com 841.
Na sequência vem o Cantá, com 662 animais, Bonfim com 652, Caracaraí com 641, Alto Alegre com 640, Caroebe com 373, São João da Baliza com 345, Amajari com 233, São Luiz com 211 e Boa Vista, com 38.
Normandia, Pacaraima e Uiramutã não registram nenhum abate, mas, em contrapartida, são campeões no ranking roraimense de produção de bezerros. Eles fornecem grandes quantidades de bovinos para as cidades onde ocorrem os abates, como Mucajaí, que trabalha principalmente com a engorda e concentra o maior rebanho local.
Investimentos
Para o aumento desse número de abates, conforme destaca o presidente da Aderr, Marcelo Parisi, foi essencial o trabalho e incentivo do Governo do Estado, que em parceria com os pecuaristas, criou e mantém condições para o desenvolvimento da pecuária, seja por meio da melhoria das estradas e vicinais, aproveitamento das pastagens, o incremento de tecnologias, o cuidado com a sanidade animal, melhoramento genético do rebanho, técnicas de produção e estrutura física das propriedades, além da entrega de títulos e licenças ambientais em todo o Estado fomentando o acesso ao crédito para a atividade.
Esse pacote de investimentos do Governo do Estado também engloba o controle sanitário, como comprovam as campanhas contra a febre aftosa, que têm obtido sempre porcentagem próximas a 100% de animais imunizados.
“O resultado são produtos e subprodutos de qualidade, que garantem a segurança alimentar dos consumidores roraimenses e conquistam acesso a mercados externos”, ressaltou Parisi.
Elias Venâncio