Acadêmicos de Agronomia da UFRR recebem capacitação com maquinário de alta tecnologia da Prefeitura de Boa Vista

Proposta da prefeitura é gerar resultados na área acadêmica para o meio agrário. – Fotos: Diane Sampaio

A Prefeitura de Boa Vista tem seu foco voltado para o atendimento aos agricultores familiares e indígenas, mas também tem dado apoio para entidades de ensino na área de Ciências Agrárias. Uma delas é a Universidade Federal de Roraima (UFRR), que vem desenvolvendo no Campus Monte Cristo um projeto de experimento de plantio de grãos com alunos do curso de Agronomia.

Essa semana os estudantes tiveram a oportunidade conhecer como é feito o trabalho de uma máquina calcareadeira de alta tecnologia com computador de bordo, que realiza toda a leitura do terreno com precisão, mapeando locais em que precisa aplicar mais ou menos calcário no solo.

“Eventualmente, damos apoio a essas entidades de ensino devido ao pouco maquinário e recursos que elas possuem. Contribuímos desta maneira para geração de resultados na área acadêmica para o meio agrário”, disse o secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), Guilherme Adjuto.

De acordo com o professor de agronomia e coordenador do Grupo de Estudos Técnicos em Experimentação Agrícola (GTA), Alessandro Fortunato, o curso possui uma área piloto de pesquisa, para capacitar os acadêmicos com experimentos a campo e culturas importantes do estado, que é o milho e a soja.

“Uma empresa de defensivos agrícolas aqui do estado nos fez uma proposta de montar um trabalho esse ano com defensivos biológicos e químicos na cultura da soja. Porém, tínhamos um grande entrave que era as operações mecanizadas e graças ao apoio da prefeitura com a SMAAI, que nos cedeu o maquinário e de uma empresa privada do setor que doou todos os insumos, além de financiar toda manutenção do maquinário, esse projeto que era um sonho agora está se tornando realidade”, afirmou o professor.

Ainda segundo o professor, Roraima hoje é considerado a última fronteira agrícola do país e o mercado de trabalho nessa área tem crescido bastante no Estado. No entanto, ele ressalta que para trabalhar no campo é preciso ter qualificação.

“O aluno tem que entender os procedimentos de como ele vai corrigir um operador de máquina para fazer o trabalho de forma correta. E por isso, os alunos trabalham desde o planejamento do experimento, a condução até o direcionamento de custo para fazer a lavoura. Assim, eles poderão trabalhar do pequeno, médio ou grande produtor levando informações, conhecimento e ainda poderão gerar lucros”, destacou.

O estudante de agronomia, Wismith Silva de Andrade, 22 anos, participou da capacitação e afirma ser um passo fundamental esse contato com as máquinas que oferecem um maior nível tecnológico.

“Hoje o campo está muito tecnificado e os maquinários que utilizamos aqui na universidade já não representam a realidade do campo como um todo. Essa é uma oportunidade muito boa de conhecermos o nível dessa calcareadeira, um maquinário desse porte que oferece tecnologia que é nova para nós alunos. E isso contribui muito para a nossa formação como agrônomos”.

Wandilson Prata

 

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