Gyuri: Cine Sesc exibe documentário sobre a trajetória da fotógrafa Claudia Andujar junto aos Yanomami

Após exibição, público poderá acompanhar bate-papo com a diretora Mariana Lacerda e convidados. O trailer será lançado essa semana e estreia dia 7 de julho nos cinemas. – Foto: Trailer Filme “Gyuri”

A Hutukara Associação Yanomami (HAY) convida amigos e parceiros para a apresentação do Documentário “Gyuri”, sobre a trajetória da fotógrafa Claudia Andujar com os Yanomami. A exibição acontece nessa quarta-feira, 24, às 19h, no Cine Sesc do bairro Mecejana, em Boa Vista (RR).

Nesta semana, a Terra Indígena Yanomami completa 31 anos de homologação em meio a tragédia humanitária instala diante do descaso e omissão do último governo que – associado ao incentivo do garimpo, tirou vidas com surtos de doenças, ataques violentos, devastação e contaminação da Terra-Floresta.

A luta pela sobrevivência da vida está presente também no longa-metragem “Gyuri”, onde descreve que a fotógrafa suíça Claudia Andujar, de 90 anos, atravessou a guerra na Hungria, fugiu da perseguição nazista em Viena e, depois de se exilar no Brasil, acolheu e foi acolhida pelos Yanomami, a quem dedicou grande parte de sua vida.

O filme, exibido no 25º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, é o primeiro longa da diretora pernambucana Mariana Lacerda, e traz outros personagens históricos da luta pela conquista do maior território indígena do Brasil: o xamã e líder político do povo Yanomami, Davi Kopenawa e o ativista Carlo Zacquini, missionário católico, defensor dos povos originários. No filme, Kopenawa relata a admiração que sempre nutriu pela capacidade de Claudia em compreender a alma do outro. Em contraposição, critica o governo brasileiro, que nunca se importou com os indígenas.

Além do Documentário, que tem duração de uma hora e meia, o público vai ter a oportunidade de acompanhar um bate-papo com a diretora Mariana Lacerda, o filósofo Peter Pál Pelbart e o líder indígena Ênio Mayanawa Yanomami, diretor em saúde da Hutukara Associação Yanomami.

O filme “Gyuri” conta com apoio da Hutukara Associação Yanomami (HAY), Instituto Socioambiental (ISA) e Galeria Vermelho, com recursos do Rumos Itaú Cultural, do Prodecine e do Funcultura Audiovisual. Produzido por Jaraguá Produções e Bebinho Salgado 45. A estreia nos cinemas está marcada para 7 de julho com distribuição da Descoloniza Filmes.

Sinopse

Uma linha geopolítica improvável entre a pequena aldeia húngara de Nagyvárad e a Terra Indígena Yanomami, na Amazônia brasileira. Judia, sobrevivente da Segunda Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos Yanomami. Seu valioso acervo, sua militância incansável, seu passado de guerra e a vulnerabilidade atual dos indígenas são revistos por meio de diálogos de Andujar com o xamã Davi Kopenawa e o ativista Carlo Zacquini, com a interlocução do filósofo húngaro Peter Pál Pelbart.

Serviço

O que? Exibição do Documentário “Gyuri”.

Quando? 24 de maio (quarta-feira), com entrada livre.

Onde? Cine Sesc do bairro Mecejana, Boa Vista (RR)

Contato imprensa: (95) 991251277 (Evilene Paixão)

Ficha Técnica

Direção: Mariana Lacerda

Gênero: Documentário

Duração: 1h 28min

País: Brasil

Roteiro: Mariana Lacerda e Paula Mercedes

Montagem: Mariana Lacerda e Paula Mercedes

Direção de fotografia: Pio Figueiroa e Marcelo Lacerda

Som direto: Gustavo Fioravante

Finalização: O Grivo

Design: Joana Amador

Produção: Bebinho Salgado 45 e Jaraguá Produções

Distribuição: Descoloniza Filmes

Sobre a diretora

Mariana Lacerda é documentarista e Gyuri é o seu primeiro longa-metragem. Formada em jornalismo, é mestre em História da Ciência pela PUC-SP. Escreveu e dirigiu os filmes de curta duração Menino-aranha (2008/2009), A Vida Noturna das Igrejas de Olinda (2012), Pausas Silenciosas (2013), Baleia Magic Park (2015) e Deserto (2016, apara Aparelhamento, Ocupação Funarte/SP), vencedores de alguns prêmios interessantes e exibidos em festivais do Brasil, França, México, Lituânia e Portugal. Roteirista e diretora de quatro episódios das séries documentais para TV Expresso (Cine Brasil TV), e de um episódio de República da Poesia (Canal Curta, episódio Pagu, Musa Medusa), ambas com direção geral de Hilton Lacerda. Autora do livro Olinda (Bebinho Salgado 45/Cinemascópio 2015). Argumento, roteiro e direção da série documental para TV intitulada Histórias de Fantasmas Verdadeiros para Crianças, desenvolvida no Núcleo Criativo Cinemascópio, Recife (2016) e em fase de edição. Prêmio “melhor argumento” com o roteiro Gyuri, do primeiro RecLab, Recife, em 2016, projeto também selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural 2015/2016 e Funcultura 2016/2017.

Jaraguá Produções

Fundada em 2011, pelos produtores Carol Ferreira e Luiz Barbosa, a Jaraguá tem no portfólio projetos aprovados e executados nas áreas de audiovisual, música e artes plásticas, incentivados por patrocinadores como Petrobras, Caixa Cultural, Correios, Governo de Pernambuco, entre outros. Em 2017, lançou o primeiro documentário longa-metragem “Em Nome da América”, dirigido por Fernando Weller, vencedor de Melhor Documentário na Mostra de São Paulo. No mesmo ano, lançou os documentários “Prelúdio da Fúria”, média de Gilvan Barreto, realizado por meio do prêmio Itaú Rumos; e o telefilme “Pesado”, sobre a cena de Heavy Metal em Pernambuco, exibido na Globo Nordeste e TV Pernambuco.

A produtora tem vários projetos em diferentes estados de execução. Tem cinco séries de documentários para TV em diversas fases de produção, sendo elas “Nova Cuba”, dirigida por Fernando Weller e Wilfred Gadêlha, “Ventos do Brasil”, de Leo Gandelman, “Histórias de Fantasmas Verdadeiros para Crianças”, de Mariana Lacerda, “Ao vivo na Várzea – 2ª Temporada”, de Pablo Lopes, “Do Frevo ao Jazz”, de Marcelo Barreto, todos aprovados e em contratação no FSA. Em ficção, tem em pré-produção o segundo longa de Tiago Melo (Azougue Nazaré), Yellow Cake, a ser rodado no segundo semestre de 2022, e “O Ateliê da Rua do Brum”, de Juliano Dornelles (codiretor de Bacurau), em finalização.

 

 

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