A proposta da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para criar a Floresta Nacional do Parima e ampliar as áreas da Estação Ecológica de Maracá e do Parque Nacional do Viruá, foi contestada pelo presidente da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da (ALE-RR), deputado Eder Lourinho (PSD). De acordo com ele, Roraima é o estado que mais contribui para a causa ambiental no País e não pode mais abrir mão da pequena área produtiva que lhe resta.
Lourinho fez um relato sobre a situação do estado em relação às suas terras. Segundo o parlamentar, 67,4% do território roraimense é reservado para áreas de conservação ambiental, ficando apenas 32,8% para a produção, o equivalente as áreas dos municípios de Caracaraí e Amajari. Ele disse ainda que o pouco que sobra de área produtiva, apenas a metade, ou seja, 50% é permitido por lei, o que significa que resta apenas 16,4% para produzir alimentos para abastecer o estado.
O deputado lembrouque ainda é preciso descontar dos 16,4% restantes as Áreas de Preservação Permanente, que são as margens dos rios, lagos, igarapés e serras, além das áreas próximas às rodovias federais e estaduais. “Isso representa aproximadamente 9%. Então, ficamos com apenas 7,4% de área para produção de alimentos. É como se tivéssemos apenas os municípios de Caroebe e São João da Baliza para produzir alimentos para todo o Estado de Roraima”, protestou.
Se aprovada a proposta da ministra do Meio Ambiente, de acordo com o entendimento de Eder Lourinho, Roraima vai perder, mais uma vez, áreas destinadas à produção, o que vai inviabilizar ações da produção agrícola e comprometer o crescimento econômico do estado. Diante disso, ele faz uma interrogação: “Será possível que apenas essa área seja suficiente para sustentar todo um Estado? Então, como representante dos agricultores e produtores rurais, sou contra à essa ampliação”, concluiu.