Durante o 2º Workshop Resíduos de Construção Civil que aconteceu nessa segunda-feira, 19, a Prefeitura de Boa Vista assinou a ordem de serviço para a construção de três ecopontos na cidade. Um será implantado no bairro Caçari e outros dois no Nova Cidade e Cidade Satélite. Os ecopontos são equipamentos públicos cuja finalidade será receber até um metro cúbico (m³) de resíduo gerado pela população.
Serão descartados nestes locais, por exemplo, restos de galhadas, sobras da construção civil, aquele sofá velho, a geladeira sem utilidade, resto de madeira que não pode ser colocado na coleta pública e também não é um volume grande para se contratar um contêiner, e diversos outros materiais. Esta e outras ações fazem parte do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), em execução na capital desde 2019.
“Os ecopontos também entram nesse processo de gerenciamento de resíduos de forma muito forte, gerando renda e garantindo a destinação ambientalmente adequada. Aproveitamos o workshop para o lançamento da construção dos primeiros ecopontos de Boa Vista. Será um local onde as pessoas levarão aquele resíduo que não se coloca no saco de lixo em casa. Agora vamos ter um espaço adequado para esses materiais”, disse o prefeito Arthur Henrique.
2º Workshop discutiu sobre o fluxo e a destinação correta dos resíduos da Construção Civil
O evento foi importante para reunir representantes de empresas da Construção Civil que atuam na capital. Um momento necessário para esclarecer as ações implementadas no município, bem como restabelecer acordos quanto à organização, geração, transporte e a destinação adequada destes resíduos volumosos. Para o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, o setor hoje é o principal segmento econômico para geração de emprego e renda na cidade.
“A construção civil hoje é responsável pela maior produção de volumes de resíduos de Boa Vista, um material muito valioso. Então, trabalhando ele da forma correta, a gente consegue fomentar a economia, gerar emprego e renda na capital. É um trabalho feito desde 2019, quando iniciamos a implantação do plano municipal, mas durante a pandemia, muitas ações foram suspensas e agora estamos retomando”, disse.
Dentre os 70 participantes, estava o vice-presidente do Sindicato da Construção Civil de Roraima (Sinduscon), Veronildo da Silva, que parabenizou a iniciativa da prefeitura em promover o diálogo com o segmento. “É um setor que em todos os momentos foi convidado a contribuir com a viabilidade do descarte correto destes resíduos. Estamos hoje mais uma vez contribuindo com a nossa participação”, disse.
Mais ações estão sendo implementadas na capital
Em breve a Coleta Seletiva será realidade em todos os prédios municipais. A previsão é iniciar este processo no dia 27 de junho. A partir desta quarta-feira, 21, a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente vai aos órgãos municipais para ciclos de capacitações com os servidores e agentes de limpeza para explicar como deve ser feita a separação dos resíduos.
Os recicláveis serão destinados, prioritariamente, para as associações de catadores. Este é o primeiro passo para iniciar a coleta seletiva no município. Iniciativa que já é realidade em UBSs e em 40 escolas municipais. O objetivo é estender para todos os outros prédios públicos, sejam eles federais, estaduais e os grandes geradores privados. Quando todo esse cenário estiver organizado, será estendida a coleta para a população.
Estas ações e outras em execução na capital fazem parte do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), elaborado através da lei 2004/2019, sendo regulamentado por meio do decreto nº 035/E.
Ceiça Chaves