A Escola Municipal Frei Artur Agostini desenvolve o projeto “Ler, Reler e Empreender” em parceria com o Sebrae. O objetivo é estimular habilidades e competências relacionadas à leitura, escrita e interpretação textual dos alunos. Além disso, o projeto busca ampliar o conhecimento linguístico e cultural dos estudantes, proporcionando uma visão crítica e contextualizada dos conceitos adquiridos dentro e fora da sala de aula.
A iniciativa, que visa levar inovação e empreendedorismo para as escolas, alinha o incentivo à leitura com o estímulo ao empreendedorismo. O projeto busca, através da leitura e da escrita, facilitar a formação do senso crítico e da cidadania, ampliar o repertório sociocultural dos alunos, valorizar a importância do livro no processo de construção do conhecimento, envolver a comunidade escolar em atividades que valorizam a literatura e promover o gosto pela leitura.
Escritores
Uma das atividades desenvolvidas foi a construção de livros pelos alunos, cada um deles seguindo um gênero textual específico de acordo com seu segmento escolar. Alunos do 1° ano confeccionaram livros de receita culinária, do 2° criaram histórias em quadrinhos, do 3° exploraram lendas e parlendas, do 4° produziram um jornalzinho e, por fim, do 5° ano se dedicaram à poesia.
Um outro projeto que nasceu na escola Frei Artur Agostini foi o livro “Vidas resilientes”, escrito pelos alunos da classe hospitalar e pela professora Elizene da Luz. Os alunos, que estão em sua grande maioria internados no Hospital Santo Antônio, contam através de poesia a rotina do hospital, e o porquê de estarem lá. Por ser um projeto que exige muita sensibilidade, a professora Elizene participou de todas as etapas da produção.
O gestor da escola, Ramon Gomes, ressaltou a importância do projeto e de que forma o SEBRAE auxiliou em todo o processo. “A iniciativa surgiu em parceria com o SEBRAE para nos ajudar no projeto de escrita, que é uma das grandes fragilidades da nossa escola, já que temos muitos alunos migrantes venezuelanos. Com isso, buscamos sanar essa dificuldade no aprendizado da escrita, além de promover o empreendedorismo social dentro da escola”.
Só orgulho
Os resultados do projeto já são perceptíveis nas famílias dos alunos. Yulemnis Goudett, mãe do pequeno Mássimo Tomedes, destacou o desenvolvimento do filho: “Percebi que o meu filho tem se desenvolvido muito com o projeto. A leitura tem sido bastante estimulada e ele está muito contente, não fala de outra coisa lá em casa”.
Carlos Celso Gomes, pai da estudante Ester Camille, expressou sua satisfação ao ver a evolução da filha e dos coleguinhas.
“É muito lindo ver essas crianças sendo incentivadas a ler e a escrever. Me sinto muito feliz de estar presente na entrega do primeiro jornalzinho da minha filha. Um projeto como esse é fundamental para a formação acadêmica dessas crianças”, afirmou Carlos.
Nairelys Valentina, aluna do 4° ano, compartilhou sua empolgação com o projeto. “Eu adorei fazer o jornalzinho, aprendi muita coisa e foi bem divertido. Eu e os meus amigos estamos muito animados com a exposição de hoje, porque a gente se esforçou muito escrevendo”, disse.
Proposta multicultural
Os professores de Artes e Educação Física também desempenharam um papel fundamental no projeto, auxiliando nas atividades culminantes, como dança, música, teatro e outras formas de expressão cultural. Além disso, os cuidadores e assistentes de aluno contribuíram para o processo, auxiliando os alunos nas atividades externas de leitura e na montagem dos ambientes de leitura, tornando a escola um espaço propício ao desenvolvimento do gosto pela leitura.
Sobre o projeto
O projeto “Ler, Reler e Empreender” busca não apenas melhorar a qualidade da educação, mas também promover a inclusão, valorizando a diversidade e as potencialidades de cada aluno. Por meio de exposição literária e das atividades culturais, a escola Frei Artur Agostini busca transformar a vida dos estudantes, oferecendo-lhes oportunidades de crescimento pessoal e acadêmico.
A iniciativa demonstra que a leitura e o empreendedorismo podem caminhar juntos, capacitando os alunos para enfrentar desafios e desenvolver habilidades essenciais para o século XXI. Com o projeto, a escola reforça seu compromisso em oferecer educação de qualidade, proporcionando um ambiente propício ao aprendizado, à criatividade e à formação de cidadãos críticos e reflexivos.
Vitória Moura Carramilo
