Os guardas municipais da Patrulha Maria da Penha participaram nesta sexta-feira, 7, de uma reunião de alinhamento, na sede administrativa do Tribunal de Justiça (TJRR), no bairro São Francisco, para reforçar as estratégias do atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar em Boa Vista.
Os encontros estão contemplados no termo de cooperação técnica entre o TJRR e a Prefeitura de Boa Vista desde 2014. O conteúdo envolve o panorama da situação de violência doméstica e familiar na cidade, relações interpessoais para um atendimento não revitimizador, gestão da informação sobre violência doméstica e familiar contra mulheres, entre outros.
“Visamos discutir problemas e criar estratégias com melhor atendimento das vítimas. Queremos atualizar a equipe sobre as novidades na Lei Maria da Penha, analisar algumas dificuldades encontradas no dia a dia deles e encontrar soluções em conjunto”, disse a chefe de Setor de Atividades de Enfrentamento à Violência Doméstica, Aurilene Moura.
De acordo com a guarda Jessyka Pereira, a troca de ideias nos encontros com integrantes de instituições públicas diferentes possibilita a análise e avaliação de relatórios dos serviços prestados pela Patrulha Maria da Penha na Capital.
“É importante estarmos atualizados e preparados para um atendimento humanizado às vítimas. O acolhimento e as orientações são fundamentais para evitar a revitimização da mulher, impedindo, por exemplo, que ela tenha que falar várias vezes para diversas pessoas, sobre a violência que sofreu”, explicou.
Atendimentos
A Lei Maria da Penha tipifica a violência contra a mulher em cinco tipos: violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Uma das formas de afastar a vítima do agressor são as medidas protetivas.
No primeiro semestre deste ano, mais 1.000 mulheres foram acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha em Boa Vista. Nestes primeiros sete dias de julho, as equipes atenderam 42 ocorrências. Além disso, cerca de 30 prisões de agressores que descumpriram ordens judiciais foram efetuadas.
A orientação para mulheres vítimas de violência doméstica é sempre procurar ajuda. Em caso de urgência, poderá solicitar viatura da GCM através do número 4009-9355. Após a análise do caso, é determinada a medida protetiva por meio da justiça e a vítima passará a ser assistida pela Patrulha Maria da Penha.
Ráyra Fernandes
