O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Marcelo Cabral (Cidadania), participou na tarde desta segunda-feira, 10, da abertura do Plano Safra 2023/2024. O valor disponibilizado pelo Banco do Brasil é de R$ 240 bilhões, volume de recursos 27% superior ao do ano passado, sendo considerado o maior da história da instituição financeira. Em 2022, foram R$ 188 bilhões para atender o setor da agroindústria.
Cabral destacou o papel do Parlamento roraimense. “O Plano Safra vai fortalecer Roraima, ou melhor, o Brasil, mas não podemos deixar de salientar o apoio da Assembleia Legislativa fortalecendo e incentivando os produtores a investirem no Estado, dando incentivo fiscal e a garantia da titulação das terras para produzir”.
Dos R$ 240 bilhões, R$ 48 bilhões são destinados a atender a agricultura familiar e médios produtores, R$ 139 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 53 bilhões disponíveis em linhas de crédito para agroindústria e capital de giro.
Conforme explicou o superintendente do Banco do Brasil em Roraima, Thalles Tavares, os recursos vão atender também as modalidades de crédito de custeio (R$ 121 bilhões), investimento (R$ 42 bilhões) e de comercialização e industrialização (R$ 24 bilhões).
“O Banco do Brasil é o maior parceiro de Roraima no que diz respeito à distribuição de recursos, e no ano passado desembolsou R$ 373 milhões. Queremos superar ainda mais esse volume de recursos porque Roraima é hoje nossa grande fronteira agrícola”, disse o superintendente.
Segundo Tavares, metade dos recursos no ano passado foi destinada para o programa da agricultura familiar. “E a Assembleia Legislativa, por meio de seus representantes, vem cada vez mais buscando o apoio dos governos federal e estadual, para que a gente consiga distribuir esses recursos da melhor forma possível”.
O presidente do Sebrae Roraima, Sílvio de Carvalho, afirmou que o setor agropecuário é a nova matriz econômica do Estado, e que o dia do lançamento do Plano Safra é especial.
“Criamos nessa administração do Sebrae Roraima uma gerência específica para o agro e a sustentabilidade. Estamos trabalhando, dando orientação sobre crédito e também técnica para o produtor rural e suas famílias”, disse Carvalho.
O diretor-geral da Agroindustrial Serra Verde, Felipe Castro, salientou que ter recursos disponíveis com baixo custo é muito importante para o processo do agronegócio no Estado. Segundo ele, foi fundamental o papel do poder público com a titulação de terras e os incentivos da Lei nº 215/1998, que fortaleceu toda a cadeia produtiva, dos grandes aos pequenos.
“O agro sofre com a interferência do clima. Como a gente vive com algo que não se controla, precisamos ter recursos acessíveis. Tudo isso só está acontecendo pelo fato de termos a segurança jurídica da titulação das terras, as quais podemos usar como garantia para o banco e captar recursos”, observou.
Marilena Freitas