Uma das grandes vocações de Roraima é a agricultura familiar, em especial a realizada nas comunidades indígenas. Para que o setor se desenvolva e traga grandes resultados, beneficiando a população e a cadeia econômica, o Governo do Estado atua juntamente com os produtores de comunidades e projetos de assentamento.
Esse trabalho é desenvolvido por meio dos órgãos do eixo de desenvolvimento, formado pela Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), Sepi (Secretaria dos Povos Indígenas) e Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural).
“É interessante o quanto esse trabalho tem funcionado para levar fartura para as famílias do campo. Por conta dessa rotina, temos expectativa de aumento da produção familiar e indígena, o que prova o quanto esse investimento nessa frente está dando certo”, declarou o governador Antonio Denarium.
A atuação dos órgãos voltados ao desenvolvimento é focada em levar as políticas públicas a esses produtores rurais familiares e indígenas, além dos ribeirinhos, para fortalecer a permanência no campo por meio da produção, incentivos e qualificação desses produtores.
O secretário da Seadi, Márcio Grangeiro, explicou que todas as pastas envolvidas no eixo produtivo têm a capacidade de promover a inserção do produtor dentro do processo socioeconômico regional, ajustando a vida ao contexto econômico daquela atividade que é desempenhada. Essa abordagem também tem como vantagem evitar o processo de êxodo rural.
“A partir do momento que as políticas públicas estaduais fortalecem a situação produtiva no campo, isso minimiza os efeitos contrários que levam o homem a abandonar o campo e vir para a cidade. Então todo o trabalho do governo do estado é no sentido de resgatar a dignidade e dando oportunidade a todos, tanto no campo quanto na cidade”, destacou.
Da sementes a equipamentos entregues pelo Governo, produção indígena roraimense cresce a cada ano
O grande diferencial de Roraima tem sido a produção nas comunidades indígenas. Iniciada em 2021, com resultado de 800 hectares, mais de 16 mil sacas de milho e 272 sacas de feijão-caupi, o Projeto de Grãos atingiu a marca de 1.500 hectares dos mesmos tipos de grãos em 2022.
Agora, a previsão é de que essa área chegue a 2.000 hectares de cultivo nos polos de produção das comunidades indígenas em 2023. Isso tem sido possível por conta do trabalho de assistência técnica e profissional desenvolvido por meio da Sepi.
Todo o processo para execução dos projetos nas comunidades, bem como a entrega de equipamentos e suprimentos necessários para a produção, tem início com o envio de ofício à secretaria com as demandas de produção de cada comunidade e a carta de anuência para a implantação desse projeto dentro das comunidades indígenas.
Após estes dois primeiros passos, são realizadas tratativas com as lideranças de cada localidade que manifestaram interesse e a implantação do projeto em si.
Esse processo tem sido essencial para a realização de vários projetos da pasta, como o próprio Projeto de Grãos, bem como os projetos de avicultura e piscicultura, centrados na produção animal, conforme apontado pelo secretário dos Povos Indígenas, Tadeu Lima.
“A perspectiva de desenvolvimento é bem clara. Hoje tem indígenas já que plantam 80 hectares de grãos de milho, temos agricultores familiares do pólo de produção de avicultura que já montaram restaurante com a criação de frango caipirão e outros já negociam direto com a feira seus produtos. É um desenvolvimento que acontece diariamente, o que mostra que a agricultura familiar indígena acontece e acontece com êxito e a perspectiva é de melhoras”, frisou.
Projeto de Grãos fomenta agricultura e produção rural familiar em Roraima
Além do setor indígena, o Governo de Roraima desenvolve o Projeto de Grãos voltado à produção familiar, que é executado pelo Iater e já atingiu 1.500 hectares de grãos em áreas de cultivo. Esse projeto já atende várias famílias no Estado.
“Eu agradeço ao Governo porque a parceria com os técnicos do Iater nos trouxe grandes resultados para a nossa produção. Houve muito comprometimento e responsabilidade no trabalho que a gente fez”, disse o produtor rural Marcelo Silva, um dos beneficiados pelas ações de fomento à agricultura familiar em Rorainópolis.
Assim como na versão voltada aos polos de produção indígena, o Projeto de Grãos familiar também atua com a assistência técnica e profissional, bem como com a distribuição de maquinários para a produção, como tratores, aradores, entre outros equipamentos.
O presidente do Iater, Marcelo Pereira, ressaltou que a fomentação da agricultura familiar abrange, para além do cultivo de grãos, outros alimentos como café, cítricos, banana, mandioca, maracujá, abacaxi, bovinocultura de leis, avicultura e suinocultura, desenvolvida dentro das unidades familiares de produção e das comunidades indígenas.
“A gente fomenta com a disponibilidade de marcas e equipamento técnico, capacitação e outros apoios, como insumos e sementes para a produção dessas atividades. Também agregamos a questão de mudas, como é o caso do cacau e do café”, disse.
Agenda
Nos próximos dias, os órgãos do eixo de desenvolvimento agrário vão promover visitas técnicas para verificar o avanço da produção junto aos produtores do Estado.
A primeira visita ocorre nesta sexta-feira, 14, no município de Rorainópolis, região sul do Estado, durante uma série de ações multissetoriais do Governo de Roraima.
A vistoria ocorre no km 9 da Vicinal 25 e deve contar com a presença do governador Antonio Denarium. Na vicinal, 17 produtores são beneficiados com a produção de 23 hectares no local.
Para a próxima semana, está prevista uma visita técnica a um polo de produção de mandioca da comunidade do Contão, em Uiramutã.
Ayan Ariel