Reeducandos concluem cursos de qualificação para o mercado de trabalho

Mais de 750 internos das Cadeias Públicas Masculina e Feminina de Boa Vista, além de internos do Centro de Progressão Penal participam dos cursos de qualificação. – Fotos: Neto Figueredo

Para garantir a efetividade do trabalho de ressocialização promovido no sistema prisional do Estado, o Governo de Roraima, por meio da Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania), realizou cursos profissionalizantes para detentos das Cadeias Públicas Masculina e Feminina de Boa Vista, além de internos do CPP (Centro de Progressão Penal).

Os cursos são feitos em parceria com a Associação dos Juízes Federais do Brasil, por meio do projeto “Ajufe por um Mundo Melhor”, com participação do Instituto Mundo Melhor. Os certificados serão entregues a familiares dos formandos e incluídos nas fichas carcerárias dos participantes, e os comprovantes também serão encaminhados para constar em juízo nas fichas dos reeducandos.

Cada participante tem direito a participar de três formações

Como parte importante do processo, a Sejuc realizou nesta quinta-feira, 10, uma cerimônia simbólica de entrega de 1.074 certificados para reeducandos das três unidades penitenciárias que realizaram os cursos de “Introdução a Informática”, “Noções básicas de mecânica automotiva” e “Técnicas de venda”.

O secretário da Sesp (Secretaria de Segurança Pública), André Fernandes, que representou o governador Antonio Denarium no evento, ressaltou que o trabalho de ressocialização realizado no sistema prisional é uma política pública de Governo que a atual gestão cumpre com máximo esforço.

“É importante ressaltar o trabalho do Governo de Roraima na ressocialização, um entendimento que o governador Antonio Denarium tem desde o início da primeira gestão, que segue e vai continuar. Só existem duas formas de ressocialização, que é o trabalho e o estudo. Quando você junta isso em uma ação só, trazendo cursos profissionalizantes, engrandece o Estado e, em breve, teremos novos roraimenses aptos a empreender e trazer novas riquezas aqui para Roraima”, disse.

Atualmente, 751 internos das Cadeias Públicas Masculina e Feminina de Boa Vista, além de internos do Centro de Progressão Penal participam dos cursos de qualificação. Os cursos possuem carga horária de 12 horas, o que equivale a um dia de remição de pena. Ou seja, a formação poderá ser utilizada para reduzir a pena do reeducando.

Segundo o secretário de Justiça e Cidadania, Hércules Pereira, o curso ocorre há pelo menos três meses no Estado, contemplando primeiramente a CPFBV e o CPP. Tal trabalho soma com os demais projetos de ressocialização de internos executados pela pasta, proporcionando novas perspectivas de vida para essas pessoas.

“Nós sabemos que, para o reeducando retornar para a sociedade, o passo principal que tem que ser feito é a qualificação dentro dos estabelecimentos. Então hoje o Estado proporciona toda a educação básica e treinamentos como estes que estão sendo executados atualmente”, destacou.

No Brasil

O projeto “Ajufe por um Mundo Melhor”, é executado no Brasil pela Associação dos Juízes Federais em parceria com o Instituto Mundo Melhor, entidade paranaense sem fins lucrativos que desenvolve diversos projetos sociais voltados à educação, saúde, qualificação profissional, priorizando crianças e adolescentes. Atualmente, a iniciativa é executada em dez Estados.

Em Roraima, a iniciativa teve início por meio de assinatura de termo de cooperação técnica assinado entre o Governo de Roraima e a Ajufe. Atualmente está sendo estudada a possibilidade de implantar o projeto na Pamc (Penitenciária Agrícola do Monte Cristo) e na Penitenciária de Rorainópolis, no sul de Roraima.

O presidente do Instituto Mundo Melhor, Márcio Pauliki, também é responsável pela execução do projeto nas unidades prisionais. Ele ressaltou que somente nesta quinta-feira, são entregues 1.074 certificados de aprendizagem a favor da ressocialização dos reeducandos.

“São oportunidades principalmente para aqueles que com certeza vão buscar uma participação no mercado de trabalho. Isso faz com que eles possam voltar para a sociedade mais preparados e enfrentar os desafios do mercado de trabalho”, frisou.

Ayan Ariel

 

Veja também

Topo