Plano Diretor: Crianças sugerem o que esperam para o futuro de Boa Vista

Até o dia 21 de agosto, crianças de quatro a seis anos de nove escolas terão a oportunidade de expressar como querem que a cidade seja pelos próximos dez anos. – Fotos: Andrezza Mariot

Com o título de “Capital da Primeira Infância”, Boa Vista não poderia deixar de ouvir os pequenos no processo de revisão do Plano Diretor, instrumento utilizado para planejar o desenvolvimento da cidade. Por isso, até o dia 21 de agosto, crianças de quatro a seis anos de nove escolas da rede municipal terão a oportunidade de expressar como entendem a cidade e qual “Boa Vista” desejam para o futuro. O primeiro encontro ocorreu na manhã desta sexta-feira, 18.

Os alunos de uma das turmas do 2º Período da Escola Municipal Arco-Íris, no Caçari, foram ouvidos pela professora Paula Tamara Melo, que recebeu treinamento e orientações para facilitar a escuta das crianças. Ao ser perguntada sobre o que gosta em Boa Vista, Allana Corrêa, de cinco anos, falou que ama andar nas praças, parques e especialmente no Bosque dos Papagaios.

“Gosto muito de ver os animais e passear pelo bosque com a minha família”, disse a estudante, ao destacar o que também não gosta de ver. “Não gosto de ver as pessoas jogando lixo na rua. A gente tem que jogar lixo na lixeira e não no chão”, observou.

Em um dos momentos da dinâmica, as crianças viram fotos de casas e apartamentos e foram perguntadas sobre que tipo de moradia preferem. Para a pequena Catarina Sartor, o lugar ideal para ser criança é uma casa. “Gosto de brincar e correr no quintal, mas também acho que deve ser legal morar em apartamento, pois tem parquinhos por perto”, disse.

Metodologia

O arquiteto e urbanista da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur) e membro do comitê gestor do Plano Diretor, Paulo Ricardo Freitas, explicou que essa escuta é bem didática, com uma linguagem e metodologia voltadas para esse público.

“Apresentamos fotos de diversos pontos da cidade, onde as crianças puderam identificar equipamentos públicos como praças e parques, serviços como o transporte público, coleta de lixo, limpeza e varrição de ruas. Em seguida, elas representam por meio de desenhos e da fala o que gostam e o que não gostam da nossa cidade, a percepção delas sobre o meio em que vivem, no caminho da escola para casa e de casa para a escola”, detalhou.

Escuta dos Pais e Responsáveis

Além das crianças, nesta etapa de escuta, os pais e responsáveis também foram ouvidos. Eles foram convocados pelas escolas para reuniões na última quarta-feira, 16, onde tiveram a oportunidade de opinar e participar do planejamento da cidade para os próximos dez anos.

Escolas Contempladas

As escolas selecionadas foram distribuídas em oito regiões da cidade, de forma a contemplar o maior número de amostras possível, para perceber como Boa Vista está distribuída e como são as percepções em diversos espaços e localidades da capital. São elas:

– Escola Municipal Fátima Cândido – Cidade Satélite

– Escola Municipal Criança Feliz – Bairro União

– Escola Municipal Arco-Íris – Bairro União

– Escola Municipal Valderleide B. Brandão – Jardim Equatorial

– Escola Municipal Isete Evangelista Albuquerque – Asa Branca

– Escola Municipal Cantinho do Céu – 13 de Setembro

– Escola Municipal Pedro Ferreira – Laura Moreira

– Escola Municipal Zacarias Assunção Ribeiro Araújo – Bela Vista

– Escola Municipal Aldo Torreias do Nascimento – Cauamé

– Núcleo de Creches Centenário

– Núcleo de Creches Nova Cidade

– Núcleo de Creches Senador Hélio Campos

Isaque Santiago

 

 

 

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