Em um evento com 133 mil inscritos, os estudantes do Campus Novo Paraíso do Instituto Federal de Roraima (CNP/IFRR) Jhonathan Hiroki e Nádia Holz se destacaram e foram premiados na edição 2023 da Olimpíada Mandacaru de Matemática.
Jhonathan recebeu medalha de ouro, e Nádia conquistou medalha de prata. Os dois cursam Agroindústria no CNP e participaram da olimpíada no nível Lampião, voltado para estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares. As provas ocorreram em agosto, e o resultado final foi divulgado na última semana.
O professor do CNP Igor Feitosa explicou que as vitórias são resultado de muita dedicação aos estudos de matemática por parte dos alunos. Ele acompanhou os dois na olimpíada e coordena o projeto de extensão “Trilhando Caminhos: as etapas até a conquista de medalhas na OBMEP”, do qual Jhonathan e Nádia são monitores há um ano. “Agora as conquistas da Olimpíada Mandacaru se somam às obtidas na Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (de menção honrosa) e na Olímpiada Internacional de Matemática Sem Fronteiras (de prata)”, lembrou.
Conforme Feitosa, todas as experiências obtidas têm como objetivo preparar os estudantes para a participação na 2ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), que deve ocorrer em outubro. Até lá, eles seguem nos estudos de maneira teórica, em sala de aula, e na prática, por meio do projeto de extensão, que atualmente atende tanto o Campus Novo Paraíso quanto a Escola Estadual Padre Eugênio Possamai, localizada em Rorainópolis (RR).
Para o estudante Jhonathan Hiroki, a medalha de ouro na Olimpíada Mandacaru foi uma grata surpresa. “Está sendo muito gratificante ver os nossos esforços dando resultado, ainda mais depois de muito tempo sacrificando nosso tempo livre, descanso e férias, para estudar. Estou muito feliz, e agora vamos nos preparar para ganhar ainda mais medalhas”, declarou ao lembrar que o foco é a prova da OBMEP.
Sobre o esforço nos estudos, o professor Igor Feitosa relembrou as abdicações de tempo livre e o empenho dos estudantes. “É muito gratificante colhermos esses frutos ao longo desse ano de trabalho, porque, como o Jhonathan falou, abdicamos de tempo livre, como os intervalos do almoço, para estudar. O mérito e o protagonismo são totalmente deles. Sou apenas um coadjuvante. Afinal, de nada adiantaria eu orientá-los sem que houvesse interesse e dedicação por parte deles”, disse.
Embora seja um desafio conciliar a matemática com as outras responsabilidades escolares, a estudante Nádia Holz se sente agradecida pelo apoio que recebe na instituição, em especial o do colega Jhonathan Hiroki. “É ele que fica me cobrando para resolver questões. Quanto ao professor Igor, eu acho interessante que ele veja eu e o Hiro (Jhonathan) como pessoas responsáveis e comprometidas com a matemática”, comentou.
A estudante revelou ainda que prefere não criar expectativas e que, por isso, pensa em cada prova como um “papel de diversão”. “Eu sempre me divirto esperando nada em troca (no caso uma premiação ou uma medalha). Esse pensamento que eu tenho de ‘papéis de diversão’ me faz sentir mais leve e, quando ganho uma medalha, fico muito feliz, pois não criei expectativas, e essa é a graça, a medalha vir de ‘surpresa’”, contou.
Olimpíada Mandacaru de Matemática
Tem como objetivo estimular e promover o estudo da matemática, além de contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica e valorizar o aluno, o professor e a cultura nordestina. Ela é voltada para estudantes do 4º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio de escolas públicas e privadas. Este ano, foram recebidas 133 mil inscrições, entre elas de alunos de três países do continente africano.
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