Família que Acolhe completa 10 anos como referência em política de primeira infância

Para celebrar uma década de vidas transformadas a prefeitura promoveu um evento especial de aniversário na sede do programa. – Fotos: Semuc/PMBV

Com o tema “Família que Acolhe 10 anos, eu faço parte dessa história!”, a Prefeitura de Boa Vista promoveu nesta segunda-feira, 25, na sede do programa, um evento especial para celebrar uma década de vidas transformadas. Um dos pontos altos da programação foi o anúncio do Bebê Prefeito 2023. Quem levou o título foi a pequena Maria Helena, de 7 meses, selecionada com base em diversos critérios voltados a saúde.

Para a secretária de Projetos Especiais, Andréia Neres, o que não faltam são motivos para comemorar as conquistas do programa, considerado uma das principais políticas públicas voltadas à primeira infância em Roraima. Afinal, já foram mais de 30 mil gestações acompanhadas desde o início das atividades do ‘Família que Acolhe’, em 2013.

“São 10 anos não só de existência, mas de evolução. Todos os anos buscamos melhorar nossos serviços e ampliar cada vez mais os atendimentos. Nesse segundo semestre também estamos indo para a área rural e indígena. O prefeito Arthur sempre demonstrou essa preocupação não só com as crianças, mas com toda a família. O FQA é a representação do comprometimento da gestão em garantir qualidade de vida para a população boa-vistense”, disse.

O apoio de uma verdadeira família

Quem procura o FQA reconhece a importância do programa. Crislainy Araújo, de 23 anos, é mãe do Miguel Ângelo, de 2 anos. Receber ajuda na primeira gestação foi fundamental para o processo da maternidade. “Era mãe de primeira viagem e foi muito bom ter recebido esse apoio. Aprendi muita coisa com o programa, mas principalmente a me conectar com o meu filho”, afirmou ela.

Rayele Sousa, também de 23 anos, já está em sua segunda gestação acompanhada pelo FQA. Ela ficou grávida aos 16 e encontrou no programa o apoio de uma verdadeira família. “Cheguei ao FQA por uma indicação e, desde o início, foi muito bem acolhida. Tudo sobre ser mãe eu aprendi com o programa e sou muito grata por isso. Não tenho família aqui e o programa fez exatamente esse papel, de me dar suporte”, compartilhou.

‘Paternidade Boa’

Mas para quem pensa que criar o filho é só papel da mãe, está muito enganado. Por meio da campanha ‘Paternidade Boa’, o programa reforça a importância do pai em todo o processo da maternidade. Para isso, incentiva a participação dos homens nas reuniões da Universidade do Bebê (UBB) e em outras iniciativas.

“Aprendi demais com o programa! Me incentivou a brincar mais com o meu filho, passar mais tempo com ele e ter dias de lazer com a família. Até porque a gente trabalha muito, mas a vida não se resume a isso. Devemos priorizar a convivência com a nossa família e o FQA me mostrou a importância disso”, disse Caio Vinícius, pai do Pyetro, de 2 anos.

Política pública reconhecida no Brasil e no mundo

Todo esse reconhecimento é porque a Prefeitura de Boa Vista soma diversos ingredientes para garantir o desenvolvimento integral das crianças e fortalecer os vínculos familiares. Dentre eles, estrutura, financiamento, capacitação, metodologia, intersetorialidade e sobretudo as pessoas.

As famílias contam com orientações sobre parentalidade positiva, consultas médicas, enxoval para recém-nascidos, puericultura, planejamento familiar, sala de vacina e farmácia, atendimentos de psicologia e assistência social. A creche também é garantida, conforme a assiduidade da família.

A UBB e a Visitação Domiciliar são as principais atividades do FQA, que consistem em encontros/visitas a cada 15 dias para orientar sobre o fortalecimento dos vínculos familiares e estímulos à saúde do bebê e seu desenvolvimento.

Descentralização levou o programa para mais perto das famílias

Além do atendimento na sede do programa, uma dessas principais e mais importantes evoluções no FQA foi a expansão para os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) em 2021, garantindo mais comodidade às beneficiárias, que passaram a contar com atendimento próximo de casa. As visitas domiciliares também foram otimizadas, priorizando o acolhimento às famílias em situação de vulnerabilidade social.

Marcus Miranda

 

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