Caravana da Cultura: Prefeitura leva “Cineminha da Prefs” para a Comunidade Serra da Moça

A ideia da Caravana da Cultura é levar opções culturais para as comunidades rurais e bairros mais afastados. – Fotos: Semuc/PMBV

Desde o mês de outubro, a Prefeitura de Boa Vista tem levado entretenimento e diversão para as comunidades indígenas através da Caravana da Cultura. A quarta edição aconteceu neste sábado, 25, com o “Cineminha da Prefs” na comunidade Serra da Moça. Foram exibidos três filmes roraimenses: “A inacreditável história do milho gigante”, “Ao lado da estrada” e “Arte alimenta a vida”.

O objetivo da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec) é levar opções culturais para as regiões mais afastadas da capital, além de divulgar e incentivar o cinema roraimense. A caravana já passou pelas comunidades indígenas Truaru da Cabeceira, Morcego, Serra do Truaru e agora na Serra da Moça.

“A ideia é que a Prefeitura possa chegar em todos os territórios com ações de cultura. Na edição Cineminha da Prefs levamos cinema feito por artistas da cidade. Toda vez que a gente se conecta com esse público fazemos também um trabalho de formação de plateia, deixando a arte e a cultura mais acessíveis e criando referências. Tem sido importante promover e fomentar essas manifestações em regiões mais afastadas”, declarou o presidente da Fetec, Dyego Monnzaho.

Para o tuxaua da comunidade, Alexsandro Chagas, foi uma honra receber esse projeto com toda a estrutura de cinema dentro da Serra da Moça, onde residem cerca de 300 pessoas. “Temos crianças, jovens e até mesmo adultos que nunca entraram em um cinema e essa foi uma oportunidade para eles conhecerem. Para nós é uma novidade e com certeza a gente abraça a causa e espera outras atividades também para o nosso povo conhecer”, disse.

De fato, são experiências únicas para os moradores, onde alguns têm pouco ou nenhum contato com o cinema ou outras manifestações artísticas. É o caso da menina Anne Karine Raposo, de 10 anos, que nunca foi numa sala de cinema mas vivenciou essa experiência na sua própria comunidade. “Foi muito legal, cheguei cedo e sentei logo nas primeiras cadeiras”, disse a menina.

O senhor João Izidorio Angelo, 77 anos, também estava atento assistindo aos filmes roraimenses e parabenizou a prefeitura pela iniciativa. “A prefeitura tem uma história muito bonita com a comunidade, pelo bom trabalho que vem desenvolvendo. Foi uma proposta bacana trazer uma sala de cinema que animou, não só as crianças, mas nós adultos também”, disse.

A ideia é que a cada edição a programação mude. Iniciou com o cinema, logo após serão incluídas outras atividades como o teatro, dança, circo, música, dentre outros. “A gente vai mudando as linguagens artísticas pra todo mundo ter vários acessos”, explicou Dyego.

Os filmes roraimenses

“A inacreditável história do milho gigante” – Um curta-metragem de animação com direção de Aldenor Pimentel e produção de Thiago Bríglia. Conta a história de uma pequena formiga que encontra um milho gigante no meio da savana amazônica. O Tamanduá aparece e se dispõe a cuidar do alimento, enquanto ela busca ajuda dos parentes para levar o milho até o formigueiro. Será que a formiga confiará no seu maior predador?. (Duração: 5 minutos)

Ao Lado da Estrada – É um média-metragem de romance dirigido por Ricardo Chetuan e estrelado pelos atores Elder Torres e Ítala Raíssa. Na trama, uma mulher empregada numa lanchonete na beira da estrada busca ter um momento romântico com um homem que dá carona para ela todos os dias até a entrada da sua vila. Durante a viagem, eles ouvem músicas e riem. Ela sempre fica empolgada com o encontro seguinte. (Duração: 15 minutos)

​“Arte alimenta a vida” – É um documentário de Elder Santos que traz as peculiaridades do estado mais indígena do país, onde jovens artistas protagonizam a luta política em defesa de seus territórios, inspirados em sua arte e cultura ancestral. (Duração: 13 minutos)

Ceiça Chaves

 

 

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