Melhorar as condições de trabalho para os servidores da saúde e dar mais qualidade e conforto no atendimento para os cidadãos que procuram o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) e as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. Estes são os objetivos da Prefeitura de Boa Vista reforçados nesta segunda-feira, 27, pelo prefeito Arthur Henrique durante o lançamento do Boa Vista + Saúde.
“Em março iniciamos a articulação com o Governo Federal para viabilizar investimentos na saúde pública municipal devido à situação peculiar que Roraima, em especial que a capital enfrenta, como o aumento migratório de venezuelanos e a crise Yanomami. Mais do que equipamentos, queremos investir nos técnicos porque eles estão na ponta e fazem a diferença. Por isso, nós temos a melhor equipe de Atenção Primária do Brasil”, disse o prefeito.
De acordo com o médico sanitarista e assessor de gabinete do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Fausto Soriano, Boa Vista é um exemplo quando se refere a superação de desafios como doenças globais, crônicas e questões sociais.
“Só conseguimos avançar com um SUS de qualidade, participativo, construtivo, por meio da articulação dos diferentes pontos da rede. Quando a gente fala de um fortalecimento da Atenção Primária, temos que falar também de outros cinco grandes pilares, são eles, prevenção, promoção, assistência, reabilitação e vigilâncias. Esse conjunto de situações articuladas dão conta de cuidar da população com qualidade cada vez mais”, explicou.
Cidade-estado
O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2022 mostrou que Boa Vista possui 413.486 habitantes, dois Distritos Sanitários indígenas e 17 abrigos para acolher aproximadamente 7.096 venezuelanos. A prefeitura administra o Hospital da Criança Santo Antônio (HSCA), única unidade de saúde de média e alta complexidade que atende crianças de 29 dias de vida a 13 anos de idade em Roraima.
O HCSA recebe pacientes dos 15 municípios do estado, áreas indígenas e regiões de fronteira como Guiana e Venezuela. A unidade possui 205 leitos, 33 especialidades médicas e um quadro de 1.200 servidores, para oferecer os serviços de cirurgia e atendimentos ambulatorial e de Urgência e Emergência.
Cenário atual
Entre as medidas adotadas pela Prefeitura de Boa Vista com o apoio do Ministério da Saúde (MS) para dar mais qualidade de vida à população e condições de trabalho aos servidores de saúde do município, estão a articulação do Ministério da Saúde junto a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) para doação de equipamentos e materiais médicos hospitalares, como também disponibilização de profissionais para ajudar Boa Vista no momento da crise humanitária Yanomami.
Os Leitos de UTI da unidade dobraram de 10 para 20. Houve ampliação do TRAUMA de 05 para 10 leitos. A prefeitura capacitou 650 profissionais da área da saúde do HCSA. Atualmente, o Hospital da Criança passa por um Projeto de Restruturação através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde – PROADI/SUS em parceria com o Hospital Alemão Osvaldo Cruz – HAOC, que tem como objetivo levantar os pontos fortes e frágeis do HCSA para melhorar os fluxos e processos assistenciais.
A saúde do futuro começa agora
Boa Vista saiu na frente e se tornou uma das primeiras capitais brasileiras a implantar o conceito de “APS do Futuro”, método para novas perspectivas e fortalecimento da porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Como exemplo para o Brasil, a prefeitura lançou nesta segunda-feira, 27, o programa “Boa Vista +Saúde”, no Teatro Municipal.
Na mesma oportunidade, o prefeito Arthur Henrique também lançou o “Consultório na Rua” para a população vulnerável, em situação de rua. A van totalmente equipada está pronta para iniciar atendimentos nas áreas de odontologia, psicologia, além de consultas médicas, pré-natal, aferição de pressão, glicemia e sinais vitais, curativos, dentre outros serviços básicos.
Ráyra Fernandes