Projetos de servidores e de aluno do IFRR serão financiados pelo Centelha Roraima

Cada projeto vai receber pouco mais de R$ 53.300,00, além de R$ 26 mil em bolsas via CNPq. – Fotos: Ascom/IFRR

Dois servidores e um aluno do Instituto Federal de Roraima (IFRR) tiveram seus projetos aprovados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Roraima (Faperr) para participação no Programa Centelha Roraima. Cada uma das 15 ideias aprovadas no programa vai receber pouco mais de R$ 53.300,00 como investimento, além de R$ 26 mil em bolsas via CNPq.

Entre os selecionados para receber suporte e benefícios oferecidos pelo programa estão os servidores Fábio Rodrigues dos Santos (analista de tecnologia da informação na Reitoria do IFRR) e Jordana Souza Paula Riss (professora no Campus Novo Paraíso) e Lucas Souza da Silva, egresso do Campus Novo Paraíso e aluno do Campus Boa Vista Zona Oeste. A relação dos projetos aprovados pode ser conferida no site do programa ou clicando aqui

Jordana Riss

Na área de tecnologia social, o projeto “Tratamento de água para consumo humano com coagulante natural”, liderado pela equipe composta por Jordana Riss, Leovergildo Farias, Marcos Vital, Glécio Isavo, além da colaboração da pesquisadora Verônica Souza, está pronto para ampliar seu impacto.

Originado a partir do trabalho de doutorado de Jordana, o coagulante natural já beneficiou uma comunidade ribeirinha no Baixo Rio Branco. Agora, com a aprovação do projeto, a equipe planeja estender seus esforços para atender outras comunidades, incluindo as indígenas.

“O financiamento permitirá a produção de materiais educativos, como cartilhas ilustrativas em diversas línguas, com uma metodologia acessível para que qualquer comunidade possa produzir e utilizar o coagulante natural, promovendo a melhoria da qualidade da água em comunidades isoladas na região amazônica”, explicou Jordana.

Conforme a professora, essa conquista destaca não apenas o avanço científico, mas também o impacto social significativo que a equipe espera alcançar, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e o acesso à água potável de qualidade para comunidades em áreas remotas da Amazônia.

Lucas Souza e Silva

Lucas Souza e Silva, egresso do curso técnico em Agroindústria e do superior em Agronomia, do CNP, e atualmente cursando pós-graduação em Educação Empreendedora pelo CBVZO, teve selecionado na temática de química e novos materiais, o projeto “Kamb – Kombucha da Amazônia”. A Kamb virou uma startup e tem participado de editais de inovação.

Silva explica que o projeto aprovado é derivado de uma pesquisa de TCC realizada na graduação sobre Kombuchas, uma bebida fermentada feita a partir de chá adoçado, submetido a um processo fermentativo com o auxílio de uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras, também conhecida como “scoby”. Essa fermentação resulta em uma bebida ligeiramente efervescente, com sabor ácido e levemente adocicado, posteriormente saborizada.

“O diferencial de nossa proposta é a utilização de frutos amazônicos para a saborização, proporcionando à bebida um toque exótico da Amazônia e combinando os benefícios da kombucha com as propriedades nutritivas de nossas frutas. Nossa startup visa gerar valor para a floresta em pé, promovendo a geração de renda para comunidades tradicionais envolvidas na comercialização dos frutos da Amazônia”, disse Silva.

Compõem a equipe da Kamb, Lucas Souza, engenheiro agrônomo e técnico em Agroindústria pelo IFRR-CNP e pós-graduando em Educação Empreendedora pelo IFRR-CBVZO; Juliana Souza, acadêmica em Administração pela UFRR; Nívia Pereira, técnica em agroindústria e graduanda em Agronomia pelo IFRR-CNP; e Luan Ícaro, doutor em Ciência e Tecnologia de Alimentos, tecnólogo em alimentos e professor do IFRR-CNP.

Na área temática de Inteligência Artificial e Machine Learning, o “Construtor inteligente de páginas web” é o nome do projeto do servidor Fábio Rodrigues Santos, que vai receber financiamento do programa Centelha Roraima.

AGIF

Como incentivo e apoio à iniciativa, a Agência de Inovação do IFRR realizou visitas nos cinco campi da instituição, junto com a equipe da Faper, realizando as divulgações do edital, com o objetivo de incentivar alunos e servidores a participarem do processo seletivo.

Programa

O Centelha Roraima foi composto por três diferentes etapas, iniciada em novembro de 2022. Os aprovados passaram pelo processo de seleção das ideias inscritas e agora vão passar por um período de acompanhamento, recebendo recursos financeiros, capacitação, linha de crédito junto a empresas parceiras, além de networking e outros benefícios

De acordo com o site do Centelha Roraima, os 15 projetos (e seus suplentes) aprovados vão receber todo o suporte e benefícios oferecidos pelo programa com objetivo de buscar ideias com grande potencial de se tornarem um negócio de sucesso e que desenvolvam produtos, processos ou serviços inovadores, contribuindo para o desenvolvimento da economia roraimense.

Serão investidos um total de R$ 800 mil, sendo R$ 600 mil do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/FINEP) e R$ 200 mil de contrapartida do governo estadual.

A iniciativa é promovida pelo MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), em parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) e a Fundação CERTI.

Rebeca Lopes

 

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