Gato-Net: Operação da PCRR apreende cabos de empresas provedoras de internet

Os policiais estiveram em 15 endereços em quase 10 bairros e apreenderam mais de 2 mil metros de cabos. – Fotos: Ascom/PCRR

A PCRR (Polícia Civil de Roraima) deflagrou nesta quinta-feira, 28, a Operação Gato-Net, que teve por objetivo apreender e recuperar cabos de fibra óptica de uso exclusivo da empresa OI S/A, que estavam sendo utilizados indevidamente por diversas empresas provedoras de internet em Boa Vista.

Coordenada pelo 2º DP (Distrito Policial), a ação contou com o apoio dos agentes do 1º e 5º DPs, além do DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital).

Divididos em cinco equipes, os policiais estiveram em 15 endereços, sendo três no bairro Jardim Equatorial, quatro locais no bairro Nova Cidade, um no Joquei Clube, um no Centenário, um no Aracélis, um no Jardim Floresta, um no Caranã, também no Pedra Pintada, Said Salomão e a região do Monte Cristo.

Ao todo, os policiais apreenderam 2.032 metros de cabos.

De acordo com informações prestadas pela delegada titular do 2° DP, Miriam Di Manso, que presidiu as investigações e acompanhou as diligências de hoje, cada equipe, juntamente com peritos do ICPDA (Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida), o representante da empresa Oi e técnicos da Serede, empresa terceirizada que presta serviços para eles, foram nos locais identificados para cortar os cabos e fazer a retirada de onde estavam instalados.

“Entendemos que estes cabos foram furtados e repassados às empresas que são provedoras de sinais de internet”, detalhou a delegada titular do 2º DP, Miriam Di Manso.

De acordo com ela, a ação ocasionou a interrupção do fornecimento de internet a alguns usuários.

“Muitas pessoas hoje ficaram sem sinal de internet. Mas é importante dizer que todos os responsáveis por essas empresas vão ser identificados”, disse a delegada.

Conforme Di Manso, as investigações apontam nesse primeiro momento, que o material foi comprado ou alugado pelos representantes dessas empresas.

“Nós ainda não temos a identificação de quem efetivamente subtraiu esses cabos da empresa Oi. A princípio, como o material receptado está sendo usado no comércio, isso qualifica o crime”, revelou.

Ela disse ainda que as investigações iniciaram no dia 07 de dezembro.

“Um representante da empresa Oi registrou o Boletim de Ocorrência e a Polícia Civil iniciou a investigação até chegarmos ao dia de hoje, quando deflagramos a operação para localizar e apreender material. O próximo passo é identificar os representantes dessas empresas provedoras e através deles conseguir identificar quem efetivamente subtraiu os cabos”, destacou a delegada.

O material é de uso exclusivo da empresa de telefonia, conforme explicou a delegada.

“Acreditamos que algumas pessoas possam realmente estar incorrendo em erro, dependendo da pessoa que cedeu esses cabos, que vendeu ou que os doou, não sabemos ainda, mas são de propriedade exclusiva da Oi e, por isso, o uso deles por outras empresas caracteriza o crime de receptação qualificada”, disse.

A Operação, disse Miriam Di Manso, deve ter novos desdobramentos.

“Tivemos uma investigação similar feita pelo 1º DP em 2022, e as mesmas empresas que foram já notificadas nessa operação passada, podem estar novamente entre as que foram identificadas na operação de hoje. Nesse caso, elas se classificam como reincidentes”, afirmou.

Aos consumidores que tiveram o sinal de internet interrompido hoje, a delegada orienta que procurem a PCRR e registrem BO.

“Se o usuário teve o sinal de internet interrompido durante a manhã desta quarta-feira, foi por esta razão. A empresa provedora do sinal desse usuário foi identificada utilizando os cabos indevidamente e esses cabos foram recolhidos. Orientamos o consumidor que registre um Boletim de Ocorrência e tome as providências contra a empresa, para que ela possa ser responsabilizada”, concluiu.

 

 

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