Aderr celebra 15 anos garantindo a segurança alimentar dos roraimenses

Órgão contribui para o fortalecimento da sanidade animal e vegetal de Roraima, a fim de dar proteção à agricultura e à pecuária do Estado. – Fotos: Arquivo/Aderr

A Aderrr (Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima) completa neste ano de 2023, 15 anos de sua criação. Uma história de trabalho eficiente para dar proteção sanitária à produção agropecuária e segurança dos alimentos para a população, beneficiando a economia de Roraima com a geração de emprego, renda, e acesso a novos mercados.

A Aderr, criada em 8 de abril de 2008, vem contribuindo ao longo da sua criação para o fortalecimento da sanidade animal e vegetal de Roraima, a fim de dar proteção à agricultura e à pecuária do Estado. Para isso, são realizadas, frequentemente, ações de prevenção e combate de pragas e doenças que podem comprometer a cadeia produtiva.

O governador Antonio Denarium ressaltou a importância da Aderr e parabenizou os funcionários da Agência.

“Quero parabenizar a todos da Aderr. Sei que foram muitos desafios que a Agência enfrentou, mas que foram importantes para a consolidação da defesa agropecuária do Estado, pois fomentam a economia e dão condições sanitárias, para avançarmos com segurança e construir um futuro promissor, com muitas realizações que contribuam ainda mais com o desenvolvimento de Roraima”, disse

A manutenção da credibilidade adquirida ao longo dos 15 anos, que resultou em relevantes conquistas como a área livre de febre aftosa com vacinação o que possibilitou o acesso a novos mercados, tem apoio e investimento do Governo do Estado em pessoal, aumentando a melhoria no atendimento, na renovação da frota de veículos, que deram mais condições de trabalho e facilitaram a implantação das ações de defesa.

O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, destacou o trabalho que vem sendo feito para que a Aderr possa crescer ainda mais.

“O nosso compromisso é cada vez mais melhorarmos, porque temos um corpo técnico capaz de exercer com competência as nossas ações, pois são qualificados e se dedicam muito para que a Aderr continue sendo esse órgão importante e fundamental para o Estado de Roraima”, garantiu o presidente.

Existe um marco para a Defesa Agropecuária do Estado de Roraima: antes e depois de 2008, conforme lembram os pioneiros. Antes não havia estrutura, treinamento para os profissionais, faltava gente e capilaridade do serviço para chegar até o produtor rural e garantir o mínimo de apoio para que ele pudesse produzir com a certeza de que seu esforço e investimento teriam retorno.

A partir de 2008 tudo mudou. Hoje, esse órgão autárquico, que tem sua independência, Comissão Permanente de Licitação (CPL) com capacidade de adquirir seus bens, tanto de consumo, como bens imóveis, além de um corpo técnico capaz de responder com rapidez e eficiência às demandas do setor agropecuário, está pronto para novos desafios.

O Início da Aderr

A partir de uma viagem do governador Ottomar de Sousa Pinto ao Maranhão, para uma exposição de animais com alguns pecuaristas de relevância no Estado, começou a se pensar na criação da Agência, isso porque os produtores que faziam parte da sua comitiva o convenceram da necessidade e a importância de se criar o órgão.

Aliado a isso havia a exigência do Ministério da Agricultura para que fosse atendido, em toda sua plenitude, o Programa de Erradicação da Febre Aftosa, que é uma iniciativa estruturante para o serviço público. Para sua implantação existem regras, como: capilaridade do serviço, atendimento as necessidades do comércio, a saúde nacional e internacional, além da saúde pública.

Na época, Roraima era alto risco para a febre aftosa. Então, a partir dessa demanda crescente de criação de uma Agência de Defesa, o governador Ottomar Pinto começou a conversar com a direção da Agência do Maranhão (Aged), que se propôs a ajudar.

Foram enviados para Roraima, pela a Aged e a Adepará, muitas informações para auxiliar na criação, além de formulários importantes para as atividades em campo, segundo os pioneiros.

Eles lembram que o início foi muito difícil, porque a Aderr recebeu a estrutura frágil do antigo Departamento de Defesa Agropecuária (Degad), que fazia parte da Secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), mas recebeu muito apoio do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para estruturar a Agência, além dos recursos provenientes do Governo do Estado.

Com muita disposição e vontade de consolidar a Agência foram feitas muitas capacitações e qualificações de pessoal com viagens para a participação de cursos, para que os profissionais de campo pudessem trabalhar com mais confiança, desempenhado um trabalho capaz de desenvolver a sanidade do rebanho e das lavouras do Estado.

As primeiras dificuldades

A primeira sorologia feita pela Aderr foi um momento de muita apreensão para todos, porque nunca se tinha feito e teria que ser realizada, pois precisava ser apresentada na reunião anual da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), localizada em Paris, visando a mudança de status sanitário.

O trabalho foi feito com muita raça pelos servidores da Aderr. Sem estrutura para chegar a todos as propriedades rurais, com muita dificuldade para se coletar amostras de sangue, o trabalho chegou ser feito à noite, de madrugada e, a partir daí, os técnicos envolvidos saíam correndo para levar ao laboratório, que trabalhava em regime de urgência diuturnamente para atender a demanda da sorologia e manter a integridade das amostras.

A catalogação dos dados de todas as fichas que iam sendo preenchidas com as informações feitas no levantamento foi uma etapa difícil também. Usando programas ultrapassados e poucos recursos tecnológicos, que causou muitos problemas, porque muitas vezes o material era perdido na digitação, o que dificultou ainda mais o trabalho da primeira sorologia. Mas, no final, foi tudo concluído com êxito.

Estrutura e área de atuação

Hoje, a Aderr tem uma estrutura robusta para atender a todos os produtores rurais com celeridade e competência técnica. São 15 Unidades de Defesa Agropecuárias , 11 Escritório de Atendimento à Comunidade , 7 Postos de Vigilância (Aeroporto, Rodoviária, Zona de Proteção, Jundiá), 1 Laboratório de Sanidade Animal e 1 Posto de Classificação de Grãos.

O órgão atua nas áreas de Sanidade dos rebanhos, Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal, Controle de Agrotóxicos, Controle de Trânsito, Controle e investigação de pragas, Controle da Zona de Proteção (Brasil-Venezuela), assegurando a condição sanitária necessária para dar apoio ao produtor rural e impulsionar a economia do Estado.

Elias Venâncio

 

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