Os agentes de combate a endemias, que trabalham na Prefeitura de Boa Vista, vão entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima quarta-feira, 13, com concentração em frente ao Palácio 9 de Julho. O movimento grevista foi decidido neste sábado, 9, durante assembleia geral realizada na sede do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias do Estado de Roraima (Sindacse-RR), localizado no bairro Caimbé.
O presidente do Sindacse-RR, Flaviney Almeida, esclareceu que entre as reivindicações está o cumprimento da lei municipal 2.225/2021, que garante a gratificação no Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQAVS), com percentual de 80% para rateio entre os trabalhadores. “Mas temos outras exigências, como uma data de pagamento do PQAVS referente a 2020”, ressaltou.
O sindicalista pontuou outras reivindicações, como: abono de falta no período da greve; seletivo público para contratação de mais agentes; condições de trabalho nas ações do PQAVS realizadas aos sábados, com ponto de apoio logístico, com disponibilidade de água e lanches, vale transporte e uma diária no valor de 120 reais; implementação com participação do sindicato na construção da portaria do PQAVS (número 158/2015); além de um cronograma de folgas para os profissionais.
Ainda durante a assembleia geral, o Sindacse-RR constituiu uma comissão de negociação, conforme prevê o estatuto do sindicato, que vai participar de uma reunião convocada pela Prefeitura de Boa Vista, que ocorrerá na terça-feira, 12, às 15h, na Secretaria Municipal de Saúde.
O vereador Ítalo Otávio (Republicanos) é autor de uma emenda que garante os interesses da categoria no projeto de lei número 003/22, apresentado em fevereiro deste ano pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde. O referido PL modifica a lei que já havia sido aprovada pelo prefeito de Boa Vista, em dezembro passado, garantindo a gratificação no PQAVS, com percentual de 80% para rateio entre os trabalhadores.
“É lamentável que se tenha chegado a esse ponto de se realizar uma greve, que não sou favorável, mas os agentes de combate a endemias estão no direito deles. Como é que a Secretaria Municipal de Saúde sai de uma mesa de negociação com uma proposta e depois aparece com outra”, questionou o parlamentar. “Estive na Semsa, conversei e quero poder evitar essa manifestação”, ressaltou, esclarecendo que tem sido um intermediário entre categorias de trabalhadores e o Executivo municipal, na tentativa de se chegar a um acordo nas várias lutas de profissionais que buscam por seus direitos.
