Agosto Dourado: ação se encerrou neste sábado com piquenique Mamaço

Objetivo foi incentivar as mães a amamentarem seus filhos e a doarem para o Banco de Leite. – Fotos: Secom-RR

A Praça do Mirandinha, no bairro Caçari, foi o local escolhido para o encerramento da Campanha Agosto Dourado, com um piquenique Mamaço, que reuniu mais de 50 mães, no fim da tarde do último sábado, 26.

A cor dourada foi escolhida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para definir o leite materno como alimento padrão ouro para a saúde dos bebês e simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. É também uma maneira de reforçar a importância do aleitamento materno, alimento que concentra todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê.

A coordenadora do BLH (Banco de Leite do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth), Silvia Furlin, destacou a importância da campanha Agosto Dourado que tem o objetivo de incentivar as mães que amamentam e as que são doadoras.

“O leite materno é o padrão ouro de qualidade, é o melhor alimento e o mais completo. O Agosto Dourado vem justamente para a gente incentivar e apoiar as ações de aleitamento materno para todas as mães, sejam elas mães que amamentam e mães que doam leite. E o nosso piquenique Mamaço veio para gente fazer essa junção entre mães doadoras e mães prematuras, ou seja, aquelas mães que doam seu leite e as mães que recebem leite para seus bebês”, disse a coordenadora Silvia.

Ela ressaltou a importância do Banco de Leite que trabalha com uma equipe multidisciplinar e conta atualmente com 105 mães doadoras, além de identificar os motivos porque algumas mães não conseguem amamentar.

“Esse encontro é importante para que nossas ações de aleitamento materno cresçam e sejam cada vez mais incentivadas pela população. Não existe leite fraco. Isso é mito e toda mulher é capaz de produzir um leite completo nutricionalmente. A gente precisa identificar as causas do desmame precoce, porque essa mãe não está conseguindo amamentar. Temos uma equipe multidisciplinar que atende no nosso laboratório, de segunda a sexta-feira, e presta um serviço de apoio a todas as mulheres, inclusive às mães que têm dificuldade na amamentação”, explicou a coordenadora.

A deputada estadual Ângela Águida Portela é mãe, avó e apoiadora da ação. Ela falou que é uma satisfação poder contribuir com o Agosto Dourado que tem uma importância enorme.

“Há anos estamos acompanhando esse trabalho da Maternidade com o Banco de Leite. É um prazer e uma satisfação. Eu sou mãe, amamentei, já sou avó e incentivei o aleitamento para minha filha que amamentou meu netinho por um ano. Sabemos da importância do leite e do ato de amamentar, mas também o desprendimento da doação quando a mulher tem leite sobrando. Quero parabenizar o Governo do Estado, a diretora do Banco de Leite, Silvia, e toda a equipe envolvida e faço um apelo às mulheres, para que elas tenham essa empatia pela causa da doação de leite e participem desse ato de amor que é amamentar os seus bebês”.

Mães ressaltaram a importância da amamentação e o apoio do Banco de Leite

Taliane Batista, mãe de um bebê prematuro, contou que o filho teve que ficar três meses na incubadora na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e, como ele não podia mamar, recebia o leite materno de mães doadoras o que foi fundamental para sua recuperação.

“O Ícaro nasceu prematuro, de baixo peso, e ficou muito tempo na incubadora na UTI. Como não podia mamar, ele foi agraciado com o leite de doadoras. A equipe do Banco de Leite dá todo amparo, mesmo que a gente não esteja amamentando, a equipe estimula com massagem para a gente ir guardando aquele pouco leitinho para doar para nossos próprios bebês”.

A mãe do Alexandre, de cinco meses, Maria Josiane disse que despertou para o ato de doar depois que viu a necessidade de leite para muitos bebês que estão na UTI. Ela lembrou que o seu filho é alimentado somente com o leite materno e, como ela produz muito leite, pode doar ao Banco de Leite e ajudar a alimentar outras crianças.

“Isso mesmo. Eu tenho muito leite e vi a necessidade de doar para as crianças que ficam na UTI. É uma satisfação. Toda semana uma equipe do Corpo de Bombeiros vai buscar na minha casa. É muito gratificante saber que estou ajudando a alimentar outros bebês com o que há de mais importante”.

Mãe de dois filhos, um de oito anos e uma bebê de 41 dias, Eliane dos Santos, falou da felicidade que é ter leite para a sua filha.

“Eu acho incrível, como mãe, poder prover o alimento para minha filha. É uma fonte de nutrição, de saúde para ela. Então, tudo que a gente ouve nas palestras, e a orientação que é recebida na Maternidade, eu vejo como a forma que eu tenho de cuidar da saúde dela. Eu vou amamentar até quando ela quiser. Para mim é maravilhoso e tranquilo. É um ato de amor e de troca”, frisou.

As mães e os bebês participaram de uma aula de ioga ministrada pela professora Levine Carvalho, que falou sobre os benefícios da ioga para as mães.

“A ioga traz concentração e tranquilidade para as mães. É um momento que elas têm e se permitem ficar bem com os bebês bem juntos. É muito importante. Fortalece o vínculo mãe e bebê, e as crianças adoraram. Foi muito boa a experiência. Eles se concentraram e ficaram bem tranquilos”, finalizou.

Vânia Coelho

 

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